terça-feira, 10 de dezembro de 2013

OS FENÔMENOS PSÍQUICOS E AS TEORIAS CONTRADITÓRIASCairbar Schutel Publicado na Revista Internacional de Espiritismo - RIE em março de 1929http://www.oclarim.org/site/
 
A humanidade, em matéria de crença, principalmente quando se apresenta uma ideia nova ou um novo descobrimento, acha-se sempre entre as duas alternativas, uma que recebe o fato sem estudo e sem análise, outra que nega sem pesquisa e sem exame.

Assim tem acontecido, e assim acontece até agora.

Este desvario da inteligência, sobejamente constatado nas páginas da história, parte da ignorância de que o mundo é regido por leis imutáveis e de que nós, devido à nossa condição de inferioridade, não conhecemos mesmo a mínima parte dessas leis.

Com referência aos fenômenos psíquicos, conquanto eles tenham se dado em todos os tempos e em todos os países, a lei a que eles se acham submetidos até o presente ainda não penetrou nas dobras da nossa inteligência, ou em outros termos, devido à nossa exígua evolução não chegamos ainda à aptidão precisa para compreendê-la. Em compensação, porém, nos são apresentados os fatos, que bem estudados e observados, nos conduzirão certamente ao conhecimento dessa lei. E, além de tudo, podemos alcançar a causa produtora dos fenômenos, embora não conheçamos a lei que rege essa produção.

Para confirmar o estado de espírito em que vive a humanidade à vista dos fenômenos psíquicos, basta lembrar os dois concílios da Igreja, no ano 305, mais ou menos, o de Elvira e o de Ancyra, nos quais os cristãos foram exortados contra os fatos, chamados hoje espíritas e julgados, então, produtos do diabo e seus sequazes; e no ano 900 a qualificação que deram sobre esses “fatos” no Canon Episcopi, como sendo esses fenômenos mera ilusão. Aí estão dentro de uma mesma Igreja, que deveria ser coerente em seus ensinos, e categórica em seus princípios, estabelecidas as teorias contraditórias: a primeira afirmando o fato sem estudo e sem investigação; a segunda negando também sem observação e sem exame.

A humanidade, repetimos, vive entre duas alternativas: a que crê passivamente e a que nega também sem razões e sem critérios.

Tanto nas camadas superiores, como nas inferiores, o mesmo desvio se observa.

Em 1859, os fenômenos espíritas faziam ruído por toda a França, a ponto de chamarem a atenção dos Acadêmicos franceses. A “Academia de Ciências” chegou a reunir os seus membros, e em 18 de abril o Dr. Jobert de Lamballe apresentou uma memória dando como causa dos extraordinários fenômenos que se produziam em Hydesville, América do Norte, e se haviam repercutido na França, uma lesão muscular, pois o próprio Dr. Jobert tratara de uma moça que produzia esses fenômenos, a quem não deixou de subministrar sanguessugas, calmantes, derivativos, compressões etc.!

Mas, apesar de tudo, a extensão crescente do Espiritismo tomava vulto, os impugnadores se tornaram seus inconscientes propagadores, e fazia-se mister de explicações claras, mais lógicas e criteriosas para aniquilar a verdade que fazia raiar as suas primeiras claridades. Foi justamente quando foram surgindo sucessivamente teorias explicativas, umas que afirmavam os fatos, outras que negavam, dando como causas elementos puramente físicos, oriundos do materialismo.

Descartada a ideia da impostura, pois seria estultícia afirmá-la em vista dos fatos evidentes que desafiavam as academias e os santuários, muitas conclusões apriorísticas foram engendradas, como a do ser coletivo, a da ação exoneurótica do cérebro, a da força psíquica proveniente do funcionamento neurocerebral do médium etc. etc.

A Igreja, porém, persistiu nas sentenças dos Concílios acima lembrados, mas vacilando destas deliberações para os princípios exarados no seu Canon Episcopi.

Após esse aluvião de teorias sem nexo e sem base, apareceu uma nova ideia teocrática, que não representa mais que o budismo sacerdotal, infiltrado na Europa com o nome de teosofia — a teoria das fadas, dos gnomos, dos duendes, espíritos vitais incompletos — teoria que constituiu uma escola dogmática que condena, como a católica, as práticas espíritas, pelas razões, aliás desrazoáveis, que dão os seus adeptos.

A teoria explícita, clara, racional, verdadeira, que não se funda em dogmas, nem em conceitos pessoais, mas que está erguida sobre os próprios fatos que a cimentam e consolidam, essa não pôde ser acolhida pelo espírito de sistema que tanto tem infelicitado este mundo.

Entretanto, continua de pé a primeira comunicação que, por intermédio de uma menina de doze anos, o Espírito do pobre mercador deu na América do Norte: “Este fenômeno que em breve invadirá a América e a Europa — negado pela ciência, explorado pelos charlatães, ridicularizado pelos jornais, anatematizado pelas religiões, tendo contra si todo o mundo oficial — terá a força mais poderosa que tudo para se impor.”

É admirável que uma falsidade tenazmente combatida por todos os poderes da Terra, desde o seu nascimento há oitenta anos, em vez de aniquilada, se mostre hoje uma ideia difundida e aceita pelas inteligências de escol e simpatizada e admirada por aqueles que embora sem letras procuram cultivar o princípio da imortalidade, que instintivamente trouxeram ao nascer!

Verifica-se de tudo isso que, nos fenômenos psíquicos, como em todas as manifestações da Verdade, as teorias contraditórias, se acontece prevalecerem por algum tempo, elas representam os edifícios sem alicerces, as árvores sem raízes que não podem ter duração. Mais hoje, mais amanhã, a luz se manifesta com todo o seu fulgor, e o que parecia ser um dogma intangível, um fato consumado, não passa de uma utopia concebida por um cérebro desviado.
 
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sábado, 7 de dezembro de 2013

Dogma e Ritual de Alta Magia

Dogma e Ritual de Alta Magia

O Poder da Cabala Tecnologia para a Alma - Yehuda Berg

QUEM SOMOS NÓS?
COMPOSIÇÃO DA HUMANIDADE Quem somos nós? Qual é a nossa composição básica? Qual é a nossa substância, a nossa essência, o centro de nosso ser? Qual é o elemento essencial de que somos feitos? Alguma vez você parou e contemplou esta questão? A Cabala nos define com uma palavra simples: DESEJO! DESEJO EM MOVIMENTO
Quando a Cabala usa a palavra desejo para nos definir, não se trata de uma metáfora. O desejo é realmente a nossa qualidade essencial. O desejo é aquilo de que somos feitos. É a nossa essência. O desejo é o que nos move. É o que mexe conosco. Somos todos desejos ambulantes, constantemente buscando preencher nossos próprios anseios. Seu coração bate, seu sangue circula, seu
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corpo se move somente porque existe um desejo que busca ser preenchido. O cabalista Rav Ashlag escreveu uma vez que o ser humano não moveria um único dedo se não fosse por algum desejo interno. DESEJO E DIVERSIDADE No fundo, nossos desejos humanos individuais nos fornecem nossas diferentes identidades: Algumas pessoas desejam satisfação sexual. Algumas desejam satisfação intelectual. Algumas querem satisfação religiosa. Outras buscam o tipo material. Alguns desejam a fama. Outros buscam a iluminação. Alguns buscam viagens e aventuras. Outros buscam a solidão. De acordo com a Cabala, o desejo humano opera em três níveis: NÍVEL UM Estes desejos têm raiz no desejo animal. As necessidades, os quereres e os comportamentos aprendidos pela pessoa existem unicamente para gratificar esses impulsos primais. Pessoas no Nível Um podem fazer uso do pensamento racional, como o fazem todos os seres humanos, mas com o propósito de servir ao seu desejo animal. "Um servo nunca é mais do que o seu mestre", afirma o cabalista Rav Ashlag. NÍVEL DOIS Estes desejos são dirigidos a preencher impulsos que não são encontrados no reino animal, como honra, poder, prestígio e domínio sobre outras pessoas. As necessidades, e conseqüentemente, os pensamentos e ações dessas pessoas são dirigidos unicamente para a gratificação máxima desses desejos. NÍVEL TRÊS
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Há ainda outros desejos que são dirigidos principalmente para assuntos racionais. São orientados para gratificar ao máximo um desejo impulsionado intelectualmente. "Estes três tipos de desejo״, afirma Rav Ashlag, "são encontrados em todos os membros da espécie humana; no entanto, estão combinados em cada indivíduo em proporções diferentes, e é isto que determina a diferença que existe entre um homem e outro. "
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Celula.php

 
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As Células Constituem os Seres Vivos

Os seres vivos diferem da matéria bruta porque são constituídos de células. Os vírus são seres que não possuem células, mas são capazes de se reproduzir e sofrer alterações no seu material genético. Esse é um dos motivos pelos quais ainda se discute se eles são ou não seres vivos.
A célula é a menor parte dos seres vivos com forma e função definidas. Por essa razão, afirmamos que a célula é a unidade estrutural dos seres vivos. A célula - isolada ou junto com outras células - forma todo o ser vivo ou parte dele. Além disso, ela tem todo o "material" necessário para realizar as funções de um ser vivo, como nutrição, produção de energia e reprodução.
Cada célula do nosso corpo tem uma função específicaMas todas desempenham uma atividade "comunitária", trabalhando de maneira integrada com as demais células do corpo. É como se o nosso organismo fosse uma imensa sociedade de células, que cooperam umas com as outras, dividindo o trabalho entre si. Juntas, elas garantem a execução das inúmeras tarefas responsáveis pela manutenção da vida.
As células que formam o organismo da maioria dos seres vivos apresentam uma membrana envolvendo o seu núcleo, por isso, são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana celular, citoplasma e núcleo.


Nestas figuras você pode comparar uma célula humana (animal) com uma célula vegetal. A célula vegetal possui parede celular e pode conter cloroplastos, duas estruturas que a célula animal não tem. Por outro lado, a célula vegetal não possui centríolos e geralmente não possui lisossomos, duas estruturas existentes em uma célula animal.


A membrana plasmática
A membrana plasmática é uma película muito fina, delicada e elástica, que envolve o conteúdo da célula. Mais do que um simples envoltório, essa membrana tem participação marcante na vida celular, regulando a passagem e a troca de substancias entre a célula e o meio em que ela se encontra.
 
Muitas substâncias entram e saem das células de forma passiva. Isso significa que tais substâncias se deslocam livremente, sem que a célula precise gastar energia. É o caso do gás oxigênio e do gás carbônico, por exemplo.
Outras substâncias entram e saem das células de forma ativa. Nesse caso, a célula gasta energia para promover o transporte delas através da membrana plasmática. Nesse transporte há participação de substâncias especiais, chamadas enzimas transportadoras. Nossas células nervosas, por exemplo, absorvem íons de potássio e eliminam íons de sódio por transporte ativo.
Observe a membrana plasmática. Ela é formada por duas camadas de lipídios e por proteínas de formas diferentes entre as duas camadas de lipídios.
Dizemos, assim, que a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva, isto é, capacidade de selecionar as substâncias que entram ou saem de acordo com as necessidades da célula.

O citoplasma
O citoplasma é, geralmente, a maior opção da célula. Compreende o material presente na região entre a membrana plasmática e o núcleo.
Ele é constituído por um material semifluido, gelatinoso chamado hialoplasma. No hialoplasma ficam imersas as organelas celulares, estruturas que desempenham funções vitais diversas, como digestão, respiração, excreção e circulação. A substância mais abundante no hialoplasma é a água.
Vamos, então, estudar algumas das mais importantes organelas encontradas em nossas células: mitocôndrias, ribossomos, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos e centríolos.
As mitocôndrias e a produção de energia. As mitocôndrias são organelas membranosas (envolvidas por membrana) e que têm a forma de bastão. Elas são responsáveis pela respiração celular, fenômeno que permite à célula obter a energia química contida nos alimentos absorvidos. A energia assim obtida poderá então ser empregada no desempenho de atividades celulares diversas.
 
Um dos "combustíveis" mais comuns que as células utilizam na respiração celular é o açucar glicose. Após a "queima" da glicose, com participação do gás oxigênio, a célula obtêm energia e produz resíduos, representados pelo gás carbônico e pela água. O gás carbônico passa para o sangue e é eliminado para o meio externo.
A equação abaixo resume o processo da respiração celular:
glicose + gás oxigênio ---> gás carbônico + água  + energia


Organelas Celulares

Os ribossomos e a produção de proteínas
As células produzem diversas substâncias necessárias ao organismo. Entre essas substâncias destacam-se as proteínas. Os ribossomos são organelas não membranosas, responsáveis pela produção (síntese) de proteínas nas células. Eles tanto aparecem isolados no citoplasma, como aderidos ao retículo endoplasmático.

O retículo endoplasmático e a distribuição de substâncias
Essa organela é constituída por um sistema de canais e bolsas achatadas. Apresenta várias funções, dentre as quais facilitar o transporte e a distribuição de substâncias no interior da célula.


As membranas do retículo endoplasmático podem ou não conter ribossomos aderidos em sua superfície externa. A presença dos ribossomos confere à membrana do retículo endoplasmático uma aparência granulosa; na ausência dos ribossomos, a membrana exibe um aspecto liso ou não-granulosos.


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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

AS NÊMESIS


A Justiça divina jamais falha.  É uma ilusão humana pensar que a justiça esteja nas mãos dos homens, eles são apenas instrumentos  do poder maior. No entanto, quando adentram nesse estado de “fazer justiça”, como se envergassem uma causa  justa e benemérita, apenas estão fazendo uso do seu instinto de vingança  ou de desforra. É o seu lado mau, vingativo e perverso que se coloca  a serviço da “justiça”.
Se alguém lhe faz alguma maldade, o persegue ou humilha, você jamais deve buscar a desforra, embora ela lhe seja tão atraente. É conhecido o ditado, “A vingança é um prato quente que se come frio”. Ela define aquela mágoa que fica escondida no âmago da pessoa à espera do momento oportuno em que ela fará o seu algoz pagar pelo que lhe fêz.  Mas, a vingança em que o “prato quente” é saboreado com requintes,  é aquela em que o vingador é uma mente perversa, do tipo psicopata. Sobre essa mente a escritora e psiquiatra Ana Beatriz  Barbosa disseca no seu livro “Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado”. Nessa obra autora revela  com minúcias os requintes de uma mente doentia, cuja maldade não trás o menor resquício de arrependimento ou de piedade, são atributos desconhecidos nesse tipo de gente. Enquanto o fazendeiro mandava seu jagunço ir para a moita tocaiar seu desafeto, a mente psicopata vai junto  para assistir a execução e faz questão de que a sua vítima o veja e saiba que é ele que esta ali se vingando.
O vingador se julga poderoso e o único autor da  vingança. Mas ele se engana, ele é apenas e tão-somente, o instrumento da Lei Maior, da Ação e Reação ou da Lei do Carma. A vítima nunca é inocente, se assim o fosse, ela não estaria à mercê de ninguém por mais  poderoso que seja. É a lei da Ação e Reação que faz às vezes das Nêmesis dos antigos gregos, as divindades da vingança. Portanto, o vingador é quem fará o papel das Nêmesis, cobrando do devedor na justa medida tudo o que ele fêz.
Mas esse vingador não se forra alegando a culpa da vítima. Em primeiro lugar porque ele não tem conhecimento dessa culpa; em segundo porque ele nada cobra em referência aos demais, mas apenas pelo seu instinto de vingança e a vítima caiu em suas mãos devido o seu instinto mau, perverso.  Ele será punido também na mesma medida que “puniu” o seu desafeto.  “Quem com o ferro fere, com o ferro será punido”,  “não julgueis para não serdes julgado” , diz a  sabedoria do evangelho. Portanto, o culpado será vítima de alguém tão mau quanto ele, e este ao puni-lo contrairá um débito que será cobrado posteriormente por outro dessa mesma faixa vibratória.
Portanto, o perdão e o esquecimento de tudo de ruim que lhe tenha acontecido, é a meta e jamais se arvorar  em vingador. No nosso dia a dia, é comum nos depararmos com situações onde a desforra procura guarida. Sob os mais variados disfarces, ela está presente em nossa vida, é preciso estar atento para que ela não ganhe corpo e se aposse de nós. A vingança é tentadora !
E para as ofensas maiores, no enfrentamento com aquelas pessoas manipuladoras, cujo papel mais importante é a fofoca, intriga, calúnias, urge que se precavenha e, sobretudo, saiba que se você está no aparente papel de vítima, é porque você é um devedor. Já fez tanto ou mais do essa que agora surge como cobradora. Levante a cabeça e mantenha-se acorde com a vontade do poder maior, em sintonia com a espiritualidade. Ainda que você seja um devedor, a sua aliança com os mentores de luz o protegerá. Não se deve descurar, tampouco, que para toda doença  o remédio é o bem, faça a caridade, assista aqueles que precisam de você, doe o quanto puder. Isso não irá lhe fazer falta e é um antídoto contra o mal. Além do mais, as boas ações são crédito que se contrapõem às suas dívidas, compensando-as. Destarte, as boas ações é que têm o poder de remir os seus débitos, livrando-o da ação nefasta dos maus travestidos de vingadores.

Aamâncio  

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A VIDA NO UMBRAL - Forum Espirita

A VIDA NO UMBRAL - Forum Espirita

A VIDA NO UMBRAL
« em: 09 de Outubro de 2009, 00:18 »
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O umbral localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos, que vai do solo terrestre até a algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera. 

O tempo, e as condições climáticas do Umbral seguem um ritmo equivalente ao local terrestre onde se encontra. Quando é noite sobre uma cidade, é noite em sua equivalência no Umbral. A névoa densa que cobre toda atmosfera dificulta a penetração da luz solar e da lua. A impressão que se tem é que o dia é formado por um longo e sombrio fim de tarde. À noite não é possível ver as estrelas e a lua aparece com a cor avermelhada entre grossas nuvens. Sua maior concentração populacional está junto as regiões mais populosas do globo. Encontramos cidades de todos os portes, grupos de nômades e espíritos solitários que habitam pântanos, florestas e abismos.

É descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante. Para alguns espíritos é uma região terrível e horripilante. Para outros é o local onde optaram viver. A vegetação varia de acordo com a região do Umbral. Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas. As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca folhagem.

Existem também áreas desertas, locais rochosos, e lugares de vegetação rasteira composta de ervas e capim. 

É possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza. No Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na Terra. Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes. Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que outras.

Todas possuem espíritos lideres que são chamados de diversos nomes: 

- Chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis etc. São espíritos inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal. São estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de liderança.

Há grupos de pessoas nas cidades que trabalham para os chefes. 

Acreditam ter liberdade e muitas vezes gostam de servirem seu chefe na ansiedade pelo poder e status. Consideram-se livres, mas na verdade não o são, ao menor erro ou na tentativa de fugir são duramente punidos. Existem os espíritos escravos que vivem nas cidades realizando trabalho e mantendo sua estrutura sem receberem nada em troca além da possibilidade de lá morarem. São duramente castigados quando desobedecem e vivem cercados pelo medo imposto pelo chefe da cidade.

As cidades possuem construções semelhantes às que encontramos nas cidades da Terra: 

As maiores construções são de propriedade do chefe e de seus protegidos. Sempre existem locais grandiosos para festas, e local para realização de julgamentos dos que lá habitam. Em cada cidade existem leis diferentes especificadas pelos seus lideres. Lá também encontramos bibliotecas recheadas de livros dedicados a tudo que de mal e negativo possa existir. Muitos livros e revistas publicados na Terra são encontrado lá, principalmente os de conteúdo pornográfico.

  Pode-se se perguntar: 

— Porque é permitido que existam estes chefes e esta estrutura negativa de tanto sofrimento?

Deus nos permite tudo, ele nos deu o livre arbítrio. O homem tem total liberdade para fazer tudo de ruim ou tudo de bom. Quando faz ou constrói algo de ruim acaba se prejudicando com isso e aos poucos, com o passar de anos ou de séculos vai aprendendo que o único caminho para a libertação do sofrimento e da felicidade plena é a prática do bem. A vida na Terra e no Umbral funcionam como grandes escolas onde aprendemos no amor ou na dor.

Ninguém vai para o Umbral por castigo. 

A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta à sua vibração espiritual. Quando deseja melhorar existe quem ajude. Quando não deseja melhorar fica no lugar em que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores. Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus mundos.


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outras-doutrinas-espiritualistas/a-vida-no-umbral/?PHPSESSID=8da3b8db048ef76a4e9d1e041e25c33d#ixzz2kdsZGm9w

sábado, 9 de novembro de 2013

A DEUSA ISIS


A ALTA SACERDOTISA 

"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo" 

DEUSA ÍSIS

Eu concebi
carreguei
e dei à luz a toda vida
Depois de dar-lhe todo meu amor
Dei-lhe também meu amado Osíris
Senhor da vegetação
Deus dos cereais
para ser ceifado
e nascer outra vez
Cuidei de você na doença
fiz suas roupas
observei seus primeiros passos
Estive com você até mesmo no final
segurando sua mão
para guiá-lo para a imortalidade
Você para mim é TUDO
E eu lhe dei TUDO
E para você eu fui TUDO
Eu sou sua Grande-Mãe, ÍSIS 
Nossa amada Deusa Isis foi cultuada e adorada em inúmeros lugares, no Egito, no Império Romano, na Grécia e na Alemanha. Quando seu amado Osíris foi assassinado e desmembrado pelo seu irmão Seth que espalhou seus pedaços por todo o Egito, Isis procurou-os e os juntou novamente. Ela achou todos eles, menos seu órgãos sexual, que substitui por um membro de ouro. Através de magia e das artes de cura, Osíris volta à vida. Em seguida, ela concebe seu filho solar Hórus.
Os egípcios ainda mantêm um festival conhecido como a Noite da Lágrima. Tal festival tem sido preservado pelos árabes como o festival junino de Lelat-al-Nuktah.

ÍSIS, DO MITO À HISTÓRIA.

No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.

Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.

Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".

Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engo-lindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.

Shu e Tefnut se unem e dão a luz ao Deus Geb, a terra, e a Deusa Nut, o céu, que, por sua vez, quando se uniram fisicamente tiveram quatro filhos: Osíris (Deus da Ordem), Seth (Deus da Desordem) e suas irmãs Isis e Neftis, nascidos nessa ordem. A nova geração completa o número de nove divindades, a Enéada, que começa com o Deus criador primordial. Na escrita egípcia o três era utilizado para representar o número plural, enquanto que o nove proporciona um meio simbólico de indicar o "todo". A Enéada do Deus Sol é conhecida entre os egiptólogos como a Enéada Helio-politana.

Osíris, o primogênito, havia herdado de seu pai Geb a terra para governá-la. Já a Deusa Isis, cujo nome significa "o trono", "a sede" (capital), se uniu a seu irmão Osíris, para sustentar todo o seu poder, estabelecendo-se assim, o primeiro casal real do Egito. Se ele era o rei, soberano da terra, ela ia ser seu trono, a sede eternamente estável, de onde era exercida toda a realeza sobre o Egito.

ÍSIS E O NOME SECRETO DE RÁ

O Deus Sol Rá tinha tantos nomes que inclusive os Deuses não conheciam todos. Um dia, a Deusa Isis, Senhora da Magia, se pôs a aprender o nome de todas as coisas, para tornar-se tão importante como o Deus Rá.

Depois de muitos anos, o único nome que Ísis não sabia era o nome secreto de Rá, assim decidiu enganá-lo para descobrir.

A cada dia, enquanto voava pelo céu, Rá envelhecia e até já começava a babar. Isis recolheu sua baba e modelando-a com terra, deu forma a uma serpente, que depois colocou no caminho de Rá. Esse foi mordido e caiu ao solo agonizante. Isis disse ao Deus que poderia curá-lo, desde que ele lhe revelasse seu nome secreto. Ele se negou, porém ao notar que o veneno da cobra era potente suficientemente para matá-lo, não teve outra opção a não ser revelá-lo. Com esse conhecimento secreto, Isis pode apropriar-se de parte do poder de Rá.

ÍSIS E OSÍRIS (segundo Plutarco)

No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, Deus da lua, e Isis, a Deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem Deus da lua, aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (cerca de 3.000 a. C.).
É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Isis e Osíris, pois, durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na compreensão dos homens em relação a ele.

Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o Nilo ou como a lua, o qual, pensava-se, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o Deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante, Seth, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incan-descente, devorava-o. Dizia-se que Seth tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.

Seth era o Senhor do Submundo, no sentido de Tártaro e não de Hades, usando-se termos gregos. Hades era o lugar onde as sombras dos mortos aguardavam a ressu-reição, correspondendo, talvez, à ideia católica do purgatório. Osíris era o Deus do Submundo neste sentido, Tártaro é o inferno dos condenados, e era deste mundo que Seth era o Senhor.

Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Isis a natureza, Urikitu, a Verde da história Caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do Deus da lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um 
significado religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Isis, uma parábola da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.

Os egípcios eram um povo de mente muito concreta, e concebiam que a imortalidade poderia ser atingida através do poder de Osíris de maneira completamente materialista. Era por essa razão que conservavam os corpos daqueles que tinham sido levados para Osíris, através da iniciação, como conta o "Livro dos Mortos"; com efeito, acreditavam que, enquanto o corpo físico persistisse, a alma, ou Ka, também teria um corpo no qual poderia viver na Terra-dos-bem-aventurados, como Osíris que, no texto de uma pirâmide da quinta dinastia, é chamado de "Chefe daqueles que estão no Oeste", isto é, no outro mundo.

Isis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o sangue.

A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e instruiu como honrar seus deuses. Depois partiu para uma viagem por todo o país, educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a arte que as mesas oferecem".

Enquanto ele estava longe sua esposa Isis governou, e tudo correu bem, mas tão logo ele retornou, Seth, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris. Então convidou todos os Deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram nele por sua vez, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-no e jogaram no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por um nome abominável".

Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias, porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.

Quando Isis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Néftis e Osíris, que levou-a até o lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto 
de uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que tornou-se uma árvore que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o barril.

Isis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele país e acabou como enfermeira do príncipe. Isis criou o menino dando-lhe o dedo ao invés de seu peito para mamar.

Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarte, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz ver que Isis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.

Acabou tendo que revelar-se para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que continha o corpo de Osíris. Isis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua barcaça de volta para casa. Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus, para ajudá-la a trazer Osíris de volta à vida.

Seth que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cor-tou o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os catorze pedaços que obviamente referem-se aos catorze dias da lua.

Isis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua barcaça e onde quer que achasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar. Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez uma imagem desta parte e "consagrou o falo”, em honra do qual os egípcios ainda hoje conservam uma festa chamada de "Faloforia", que significa "carregar o falo".

Isis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.

Osíris surgiu do submundo e apareceu para o Hórus-mais-velho. Treinou-o então para vingar-se de Seth. A luta foi longa, mas finalmente Hórus trouxe Seth amarrado para sua mãe.

Cortesia:- ACADEMIA DE CIENCIAS OCULTAS

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

http://youtu.be/nKB3LeNdVLQ

A Igreja Católica Libera e a Maçonaria

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Igreja Católica Liberal e a Maçonaria

Igreja Católica Liberal e a Maçonaria


http://youtu.be/nKB3LeNdVLQ

terça-feira, 22 de outubro de 2013

                                               O JULGAMENTO NO AMENTI
Naquela tarde, havia caído uma pequena chuva e no campo molhado a neblina ganhava seu espaço.  Karito, havia saído para verificar as suas armadilhas para pegar pássaros. As margens do rio Nilo havia uma enorme variedade de pássaros.  Ele mal havia adentrado no bosque, quando notou algo diferente naquela manhã. Em uma clareira, havia como uma redoma onde a neblina era mais intensa, mas podia notar que havia movimentos  lá dentro. Ele se acercou mais da redoma e pode ver que lá dentro se processava um ritual. Havia uma espécie de esquife, onde estava deitado um homem. Ao redor desse esquife, havia uma figura inconfundível, conhecida de todos os egípcios, era o Deus Anúbis com a sua cabeça de chacal. Ele circundava com um incensário, espargindo uma densa  fumaça pelo ambiente.  Anúbis circundou o esquife por três vezes, parando no ocidente, aos pés do esquife. Um corpo de homem  ocupava o esquife.
Alguns momentos  após as voltas de Anúbis, o Deus Ba entrou voando no recinto, sobrevoando o morto em seu esquife. Ele sobrevoada do ocidente para o oriente, repetindo o nome do morto: Amsu!  Por três vezes ele sobrevoou o morto e por três vezes repetiu o seu nome.  Na terceira vez, o morto abriu os olhos. Ba seguiu voando e desapareceu no oriente. Anúbis retomava as suas funções junto ao corpo de Amsu.
Anúbis começou a proferir uma oração:
Saudamos a vós, Atum!
Saudamos a vós, aquele que torna a si mesmo!
Vós sois em vosso nome o altíssimo!
Vós tornais em vosso nome Khepri, aquele que se torna si mesmo!.
Antes mesmo de Anúbis concluir a oração, o Deus Atum se materializou do lado direito do esquife. Atum corria a sua mão espalmada sobre o corpo de Amsu, da cabeça aos pés. Dos dedos da sua mão saíam faíscas brancas, diáfanas, que penetravam pelo corpo de Amsu. Este processo parecia revigorar o corpo fazendo-o ganhar as cores da vida. Era possível perceber que aquele corpo estava vivo agora, mas ele permanecia impassível, estático. De repente seus olhos reviraram nas óbitas e ganhava o brilho dos vivos. Era um olhar assustado, temeroso. O olhar de quem não sabia onde estava e nem o que fazia naquele local. No entanto, a presença daqueles seres por demais conhecidos. Seres que ele sempre via mostrado em encenações religiosas e em estátuas. Agora estavam ali, em sua presença, isso só podia ter um significado: ele estava morto e agora tinha início o seu julgamento.
Karito,  estava surpreendido com tudo aquilo, se ele assistia uma cerimônia daquela era de se esperar que também estivesse morto. Se ele estava vivo, como podia presenciar fatos que se estavam além do véu de Ísis?
Ele não sabia, mas em certas circunstâncias algumas pessoas podiam passar por tais experiências. Todos os seres encarnados contam uma proteção, uma espécie de válvula que veda o acesso de entidades do mundo espiritual à nossa dimensão e também veda o acesso desta pessoa ao outro mundo dimensional. Isso as protege contra a influência de entidades do baixo astral, malévolas e vingativas. Esta proteção é chamada entre os hindus de Tela Búdica.  Em certas ocasiões, esta tela perde o seu efeito protetor, o que também ocorre com as pessoas que têm a mediunidade aflorada. A mediunidade é uma provação cármica. O médium, diferentemente das outras pessoas, tem que se manter em constante vigilância em função desta sua natureza.  Por alguma razão inexplicável, a Tela Búdica de Karito havia sofrido alguma transformação, e isto lhe dava acesso ao que se passava em  outra dimensão. 
Amsu não fora um homem temente aos Deuses, quando em vida. Era muito rico e poderoso e sua fortuna foi quase toda roubada dos mais fracos. Abusava sistematicamente do seu poder e afrontava a todos, em especial, àqueles menos afortunados. Sobre ele pairava suspeitas de crimes de toda espécie. Portanto, o julgamento que ali estava se processando não lhe iria trazer nenhum benefício. Pelo contrário, ele seria penalizado e condenado eternamente aos tormentos do Aahla. Aquele local onde processava o seu julgamento  era o Amenti, tão conhecido dos Egipcios. A parte seguinte iria envolver a presença de Osíris que presidiria o julgamento e daria a sentença final. Ele ainda não tinha entrado no Templo.
Anúbis começou a invocação de Osíris:
Eu te saúdo, Osíris, filho primogênito de Seb;
tu, o maior dos seis Deuses nascidos da Deusa Nu, a água primordial;
tu, o grande favorito do teu pai Ra;
Pai dos pais, Rei da Duração, Senhor da eternidade...
Que, tão logo aqueles que saíram do Seio da tua Mãe,
Reunistes todas as coroas e cingistes o Uraeus, a serpente,
Em tua cabeça;
Deus multiforme, cujo nome é desconhecido, e que tem muitos
Nomes nas cidades e nas províncias.”
A figura imponente do senhor dos Deuses, tomava forma no recinto e a sua divindade exuberante, assustou Karito. Este não conseguiu conter uma exclamação pela deslumbrante figura de Osíris. Este pequeno percalço foi o suficiente para fazer com que toda aquela fantástica assembleia se desvanecesse. Todo o cenário desapareceu, assim que os Deuses envolvidos naquele solene ritual, tomaram conhecimento de que estavam sendo espionados. A presença de um mortal assistindo ao ritual de julgamento de uma alma, jamais tinha acontecido em toda a história da humanidade. Karito também saiu em desabalada corrida até a sua casa. Não adiantava contar para ninguém o que vira, ninguém iria lhe dar crédito.
Essa situação incomum trazia sérias consequências para o mundo dos vivos. O Deus Atum reimpregnara em Amsu o seu atmã. Desta forma, Amsu estava morto e também vivo. O Cerimonial incompleto, fez com que os Deuses não concluíssem a sua tarefa, Amsu agora era um morto-vivo. Destarte, Amsu tinha agora o dom da invisibilidade, embora pudesse se materializar perante os vivos. Invisível, perdia quase totalmente a sua densidade, isso fazia com quê pudesse saltar as maiores alturas e descer flutuando até o solo. Ele virtualmente podia voar e se transportar de um lugar ao outro em extrema velocidade. Mas, o seu lado vivo precisava se alimentar para continuar existindo e esse alimento não era o nosso comum. Amsu precisava se alimentar da energia vital dos seres humanos para que continuar a sua estranha existência. Mas Karito nada sabia de tudo isso. Para ele tudo acabara ali, como o despertar de um sonho.
Aamâncio
(Beau Geste)