quarta-feira, 17 de outubro de 2012


PROPRIEDADE: ENTRE A PAIXÃO E A SOLIDARIEDADEEscreve: José RodriguesEm: Agosto de 2012http://www.viasantos.com/pense/arquivo/1380.html
 
O Espírito que se assinou Pascal transmitiu em Genebra, em 1860, comunicação na qual afirmou que “O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo”, conforme transcreve Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. 16.
 
Sem assinatura, o que pode ser atribuído a O Espírito da Verdade, há a seguinte conceituação sobre as paixões n’O Livro dos Espíritos (q. 907):

Pergunta: “Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na natureza?” Resposta: “Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso delas é que causa o mal”.
 
Allan Kardec adiciona o seguinte comentário à questão 908: “As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. (...) O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência”.
 
Nestas colocações está um autêntico desafio sobre a natureza do homem. Uma, aparentemente, do Espírito Pascal, induz ao completo desapego à propriedade, que não pode ser levada deste mundo. Outra, sob a responsabilidade de Allan Kardec, justifica e até sanciona as ações humanas originárias das paixões, embora coloque que estas se tornam perigosas se não forem governadas pelo Espírito.
 
Pergunta-se: sob o pressuposto de que o homem só é proprietário daquilo que pode levar deste mundo, ser-lhe-á saudável, dentro de seu complexo existencial, anular ou desprezar os impulsos criadores derivados das paixões?
 
Acredito que a proposta espírita sobre a propriedade deva resultar do entendimento das colocações acima, de suas interpretações, sob a ótica das informações agregadas da Filosofia Espírita, que desde logo descartam as conclusões maniqueístas.
 
A afirmação de Pascal é verdadeira enquanto fato físico, mas incompleta, se tomada ao pé da letra, na medida em que não incorpora as experiências derivadas do exercício das paixões e até de seus benefícios consequentes. Aniquilar as paixões é ir contra a natureza do homem terreno que se conhece. Franqueá-las, sem limites, implicará em prejuízos para a vida do Espírito e para o meio em que este atua.
 
Questiona-se, agora, o limite ou as conveniências das iniciativas pessoais, sob quaisquer fundamentos, sejam naturais, existenciais, pessoais ou doutrinários.
 
Os sistemas que se basearam no darwinismo social de Herbert Spencer, com clara premiação à propriedade individual, sancionaram a acumulação pela chamada livre iniciativa; defensores da competição econômica e social, na busca de resultados (lucros), acabaram instituindo a mais-valia, uma apropriação além do justo, dos resultados do trabalho. A especulação, a sonegação, a aniquilação do concorrente, a compra de empresas menores por outras maiores, o monopólio, os trusts, a “validade” da destruição de produtos para melhoria de seus preços, receberam o amparo desse sistema.
 
Max Weber, quando procura identificar na história o espírito do capitalismo, remonta ao calvinismo, cuja teologia prega o amor ao trabalho, contrariamente à concepção medieval que considera o trabalho uma maldição. Calvino, no entanto, não coloca a riqueza gerada pelo trabalho como instrumento de gozo ou prazer. “Combinando essa restrição ao consumo com a liberação da procura da riqueza, é óbvio o resultado que daí decorre: a acumulação capitalista através da compulsão ascética à poupança”, diz Weber.
 
Afirmam os Espíritos que a propriedade só é legítima se adquirida sem o prejuízo de outrem. A mais-valia, portanto, é a primeira consequência contra a qual se coloca a Doutrina Espírita. Expressa também esta doutrina que, para o homem, o limite do trabalho é o das forças, pelo que lhe tira qualquer argumento tendente ao ócio permanente.
 
Existe, assim, um limite natural ao aumento desmesurado de bens nas mãos das pessoas, na medida em que estas devem legitimar pelo trabalho tudo o que obtêm. Os Espíritos colocam até sob suspeita a intenção de acumular-se riqueza pelo “desejo de fazer o bem.” (questão 902 de OLE).
 
Aqui está, a nosso ver, o método redistributivista espírita. Ele é preventivo, desarma futuras desigualdades sociais, na proporção em que, se cada um recebe apenas aquilo a que faz jus, opera-se a imediata repartição dos frutos do trabalho.
 
A tese espírita, portanto, não é contra a propriedade de forma absoluta, nem contra a acumulação. Grandes obras exigem recursos correspondentes. Até certo ponto, a propriedade pessoal e sua busca escoam a capacidade criativa das pessoas, mas quando a propriedade assume um interesse social, da qual muitas outras pessoas dependem e para a qual contribuem com seu trabalho, é justa a sua socialização.
 
Não significa, todavia, a estatização da propriedade. Esta pode até existir, ser aceita por uma comunidade, que elege o Estado como gestor único dos bens. O avanço do Estado na economia, no entanto, em qualquer sistema, tem-se mostrado adverso. A burocracia cria e se apossa da mais-valia, enquanto exige hegemonias político-ideológicas contrárias aos princípios da liberdade política.
 
A socialização que defendemos será entre os participantes da produção, em estilo cooperativista e solidário, com a mínima participação da burocracia estatal, pela abolição de privilégios de qualquer espécie, embora mantidas hierarquias e algumas diferenças na distribuição dos resultados do trabalho.
 
Para ajudar a esse objetivo, deve-se desenvolver a pesquisa sobre o homem, sua natureza e objetivos, da qual derivam informações que nos façam ver os equívocos do egoísmo e do apego excessivo a valores de curta duração. Será a visão do homem-espírito, em contínua busca, sem complicar-se com os meios.
 
■ Nota do PENSE: Tema apresentado no painel “Propriedade”, dentro do tema “Espiritismo e Constituinte”, no II Encontro Nacional Sobre o Aspecto Social da Doutrina Espírita, realizado em São Paulo de 28 de fevereiro a 3 e março.
 
Fonte: Abertura - jornal de cultura espírita, maio de 1987, ano I, nº 2. Licespe – Santos- SP.
 
José Rodrigues (1937-2010), economista e jornalista, um dos fundadores e editores do site Pense - Pensamento Social Espírita e fundador da ARS - Ação de Recuperação Social, de Santos-SP, foi redator do periódico Espiritismo e Unificação e membro do conselho de redação do Abertura - jornal de cultura espírita. É autor do livro “Vila Socó: Uma Tragédia Programada”.
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terça-feira, 9 de outubro de 2012


A Arte de Escutar

Alpino, Itália - 1ª palestra 1 de julho, 1933

Amigos, eu gostaria que fizessem uma descoberta viva, não uma descoberta induzida pela descrição de outros. Se alguém, por acaso, lhes tivesse falado sobre este cenário, teriam vindo com as vossas mentes preparadas para tal descrição, e talvez ficassem depois desapontados pela realidade. Ninguém pode descrever a realidade. Devem experimentá-la, vê-la, sentir toda a sua atmosfera. Quando virem a sua beleza e graciosidade, experimentarão uma renovação, uma aceleração na alegria.
A maioria das pessoas que pensam que estão à procura da verdade preparou já as suas mentes para a receber estudando descrições do que procura. Quando se examinam religiões e filosofias, descobrir-se-á que todas elas tentaram descrever a realidade; tentaram descrever a verdade para vossa orientação.
Não vou tentar descrever o que é para mim a verdade, já que isso seria um intento impossível. Não se pode descrever ou transmitir a outro a amplitude de uma experiência. Cada um deve vivê-la por si próprio.
Como a maioria das pessoas, vocês leram, ouviram e imitaram; tentaram descobrir o que os outros disseram sobre a verdade e sobre Deus, sobre a vida e a imortalidade. Possuem, portanto, uma imagem na mente, e querem agora comparar essa imagem com o que eu vou dizer. Ou seja, a vossa mente procura apenas descrições; não tentam descobrir de novo, tentam apenas comparar. Mas como eu não vou tentar descrever a verdade, porque ela não pode ser descrita, haverá naturalmente confusão na vossa mente.
Quando retêm uma imagem que vão tentar copiar, ou se atêm a um ideal que vão tentar seguir, jamais poderão enfrentar uma experiência completamente; nunca serão francos, nunca serão verdadeiros no que respeita a vocês mesmos e às vossas acções; estão sempre a autoproteger-se com um ideal. Se realmente sondarem a vossa mente e o vosso coração, descobrirão que vêm aqui para obter algo novo; uma ideia nova, uma sensação nova, uma nova explicação da vida, de forma a poderem moldar a vossa própria vida de acordo com ela. Por isso estão realmente à procura de uma explicação satisfatória. Não vieram com uma atitude de frescura, para que com a vossa própria percepção, a vossa própria intensidade, pudessem descobrir a alegria da acção natural e espontânea. Muitos de vocês procuram apenas a explicação descritiva da verdade, pensando que se conseguirem descobrir o que é a verdade, poderão então moldar as vossas vidas de acordo com essa luz eterna.
Se for esse o motivo da vossa procura, então não se trata de uma procura da verdade. É mais propriamente uma procura de consolo, de conforto; não é mais que uma tentativa de escapar aos inumeráveis conflitos e batalhas que têm que enfrentar todos os dias.
Do sofrimento nasceu o impulso de buscar a verdade; no sofrimento reside a causa da inquirição insistente, da procura da verdade. No entanto quando sofrem – pois todos sofrem – procuram remédio e conforto imediatos. Quando sentem uma dor física momentânea, obtêm um paliativo na farmácia mais próxima para atenuar o vosso sofrimento. Da mesma forma, quando experimentam uma angústia mental ou emocional momentânea, procuram consolo, e imaginam que tentar encontrar alívio para a dor é a procura da verdade. Dessa forma estão continuamente à procura de uma compensação para as vossas dores, uma compensação pelo esforço que são assim obrigados a fazer. Evitam a causa principal do sofrimento e vivem portanto uma vida ilusória.
Portanto, essas pessoas que estão sempre a proclamar que estão na busca da verdade estão, na verdade, a deixá-la escapar. Chegaram à conclusão que as suas vidas são insuficientes, incompletas, com falta de amor, e pensam que tentando procurar a verdade encontrarão satisfação e conforto. Se tiverem a franqueza de dizer a vocês próprios que vão apenas à procura de consolo e compensação pelas dificuldades da vida, serão capazes de procurar resolver o problema de forma inteligente.
Mas enquanto fingirem que estão à procura de algo mais que de simples compensação, não poderão ver a questão com clareza. A primeira coisa a descobrir, portanto, é se estão realmente à procura, fundamentalmente à procura da verdade.
Um homem que procura a verdade não é um discípulo da verdade. Suponham que me dizem: “Não tive amor na minha vida; foi uma vida pobre, uma vida de constante sofrimento; por isso, para obter conforto, procuro a verdade.” Devo então chamar a atenção para o facto de que a vossa procura de conforto é uma total ilusão. Na vida não existe isso de conforto e segurança. A primeira coisa a perceber é que devem ser absolutamente francos.
Mas vocês próprios não estão certos do que realmente querem: querem conforto, consolação, compensação, e no entanto, ao mesmo tempo, querem algo que é infinitamente maior que a compensação e o conforto. A vossa mente está tão confusa que num momento vocês confiam numa autoridade que lhes oferece compensação e conforto e, no momento seguinte, voltam-se para outra que lhes nega conforto. A vossa vida portanto torna-se numa refinada e hipócrita existência, uma vida de confusão. Tentem descobrir o que realmente pensam; não finjam pensar o que acham que devem pensar; então, se estiverem conscientes, totalmente vivos no que estão a fazer, saberão por vocês próprios, sem auto-análise, o que realmente desejam. Se forem totalmente responsáveis nos vossos actos, saberão então sem auto-análise o que realmente procuram. Este processo de descoberta não precisa de grande força de vontade, de grande vigor, mas apenas de interesse em descobrir o que pensam, descobrir se realmente são honestos ou se vivem numa ilusão.
Ao falar com grupos de ouvintes em todo o mundo, descubro que cada vez mais pessoas parecem não compreender o que eu digo porque vêm com ideias fixas; ouvem com a sua atitude tendenciosa, sem tentar descobrir o que tenho para dizer, mas apenas esperando descobrir o que secretamente desejam. É inútil dizer, “Aqui está um novo ideal pelo qual devo moldar-me”. Descubram de preferência o que realmente sentem e pensam.
Como é que podem descobrir aquilo que realmente sentem e pensam? Do meu ponto de vista, só o poderão fazer tendo consciência de toda a vossa vida. Descobrirão então até que ponto são escravos dos vossos ideais, e ao descobri-lo, verão que criaram ideais apenas para vossa consolação.
Onde existe dualidade, onde existem opostos, deve haver a consciência de incompletude. A mente está presa entre opostos, tais como castigo e recompensa, bom e mau, passado e futuro, ganho e perda. O pensamento é apanhado nesta dualidade, e por isso há incompletude na acção. Esta incompletude gera sofrimento, o conflito da escolha, esforço e autoridade, e a fuga do não essencial para o essencial.
Quando se sentem incompletos, sentem-se vazios, e desse sentimento de vazio surge o sofrimento; devido a essa incompletude vocês criam padrões, ideias, para sustentá-los no vosso vazio, e estabelecem esses padrões e ideais como sendo a vossa autoridade externa. Qual é a causa interior da autoridade externa que criam para si mesmos? Primeiro, sentem-se incompletos e sofrem por causa dessa incompletude. Enquanto não compreenderem a causa da autoridade, não passarão de uma máquina imitativa, e onde existe imitação não pode existir a preciosa realização da vida. Para compreender a causa da autoridade deverão acompanhar o processo mental e emocional que a cria. Em primeiro lugar sentem-se vazios e para se livrarem desse sentimento fazem um esforço; ao fazer esse esforço estão somente a criar opostos; criam uma dualidade que apenas aumenta a incompletude e o vazio. Vocês são responsáveis por autoridades externas tais como religião, política, moralidade, por autoridades tais como padrões económicos e sociais. Devido ao vosso vazio, à vossa incompletude, criaram estes padrões externos dos quais tentam agora libertar-se. Evolucionando, desenvolvendo, crescendo longe deles, querem criar uma lei interna para vocês próprios. À medida que vão compreendendo os padrões externos, querem libertar-se deles e desenvolver o vosso próprio padrão interno. Este padrão interno, a que vocês chamam de “realidade espiritual”, vocês identificam-no como uma lei cósmica, o que significa que não criaram senão outra divisão, outra dualidade.
Portanto, primeiro criam uma lei externa, e depois procuram libertar-se dela desenvolvendo uma lei interna que identificam com o universo, com o todo. É isso o que está a acontecer. Continuam conscientes do vosso egotismo que agora identificam como uma grande ilusão, chamando-lhe cósmica. Portanto, quando dizem, “Eu obedeço à minha lei interna”, não estão senão a utilizar uma expressão para encobrir o vosso desejo de se libertarem. Para mim, o homem que esteja ligado seja a uma lei externa seja a uma interna está enclausurado numa prisão; está dominado por uma ilusão. Por isso, um homem assim não pode compreender a acção espontânea, natural e saudável.
Ora bem, porque é que criam leis internas para vocês próprios? Não será porque a luta da vida diária é tão grande, tão inarmónica, que querem libertar-se dela e a criação de uma lei interna torna-se o vosso conforto? E tornam-se escravos dessa autoridade interna, desse padrão interno, porque rejeitaram somente a imagem exterior, e criaram no seu lugar uma imagem interior à qual se escravizaram.
Por este método não alcançarão o verdadeiro discernimento, e o discernimento é completamente diferente de escolha. A escolha tem que existir onde houver dualidade. Quando a mente está incompleta e está consciente dessa incompletude, tenta libertar-se dessa incompletude e em consequência cria o oposto a essa incompletude. Esse oposto pode ser um padrão tanto externo como interno, e uma vez estabelecido esse padrão, julga cada acção, cada experiência por esse padrão, e vive assim num estado contínuo de escolha. A escolha nasce somente da resistência. Se não houver discernimento, não há esforço.
Portanto para mim toda esta ideia de fazer um esforço em direcção à verdade, em direcção à realidade, esta ideia de efectuar um esforço continuado, é absolutamente falsa. Enquanto estiverem incompletos experimentarão sofrimento, e por isso estarão comprometidos com a escolha, o esforço, a luta incessante por aquilo a que chamam de “conhecimento espiritual”. Por isso eu digo que quando a mente fica aprisionada na autoridade não pode ter compreensão verdadeira, pensamento verdadeiro. E uma vez que as mentes da maioria das pessoas estão aprisionadas na autoridade – que não é mais que uma evasão à compreensão, ao discernimento – não poderão experimentar completamente a experiência da vida. Por esse motivo vivem uma vida dupla, uma vida de fingimento, de hipocrisia, uma vida na qual não existe nenhum momento de plenitude.
Textos de J.Krishnamurti em Português
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MAS DEUS...



Há muita gente que te ignora.
Entretanto, Deus te conhece.
Há quem te veja doente.
Deus, porém, te guarda a saúde.
Companheiros existem que te reprovam.
Mas Deus te abençoa.
Surge quem te apedreje.
Deus, no entanto, te abraça.
Há quem te enxergue caindo em tentação.
Deus, porém, sabe quanto resistes.
Aparece quem te abandona.
Entretanto, Deus te recolhe.
Há quem te prejudique.
Mas Deus te aumenta os recursos.
Surge quem te faça chorar.
Deus, porém, te consola.
Há quem te fira.
No entanto, Deus te restaura.
Há quem te considere no erro.
Mas Deus te vê de outro modo.
Seja qual for a dificuldade.
Faze o bem e entrega-te a Deus.

Emmanuel
COMPANHEIRO” – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
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Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!
 São Paulo


 
Ano B 
Dia: 09/10/2012
A atitude de Maria
Lc 10, 38-42
 
Jesus e os seus discípulos continuaram a sua viagem e chegaram a um povoado. Ali uma mulher chamada Marta o recebeu na casa dela. Maria, a sua irmã, sentou-se aos pés do Senhor e ficou ouvindo o que ele ensinava. Marta estava ocupada com todo o trabalho da casa. Então chegou perto de Jesus e perguntou:
- O senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha com todo este trabalho? Mande que ela venha me ajudar.
Aí o Senhor respondeu:
- Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela.
 
Comentário do Evangelho
Jesus visita Marta e Maria
 
O povoado de Marta e Maria, que em Lucas não tem nome, é identificado no Evangelho de João como sendo Betânia, que fica próximo a Jerusalém. Pelos detalhes desta narrativa, percebe-se que Marta é a irmã mais velha. Recebe Jesus e está imbuída de responsabilidade pelos cuidados com o hóspede. Espera que Maria a ajude. Mostrando estar à vontade com Jesus, queixa-se da irmã. Jesus, com carinho, repetindo o nome dela por duas vezes, mostra-lhe que a atitude de Maria é a mais conveniente no momento, pois ele está ali para lhes comunicar sua palavra, que é vida. Para as primeiras comunidades a narrativa tinha dois sentidos. As mulheres, ao receberem missionários em suas casas, não devem ater-se simplesmente a lhes proporcionar o bem-estar, mas também devem estar atentas para escutá-los. Por outro lado, nas comunidades as mulheres não devem restringir-se a deveres domésticos, mas também devem sentir-se livres e se dedicarem à escuta e à participação da palavra. A narrativa foi tardiamente interpretada na Igreja como se a opção pela vida contemplativa fosse melhor do que a vida ativa.   

 Oração

Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra. 
Fonte:www.paulinas.org.br 
 

Um Meio ou uma Desculpa
"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite!
Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois...
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO.
Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA."
Roberto Shinyashiki

Caminho da Autoiluminação

O homem atinge um alto nível de evolução quando consegue unir o sentimento e o conhecimento, utilizando-os com sabedoria. Nesse estágio é-lhe mais fácil desenvolver a paranormalidade, realizando o autodescobrimento e canalizando as energias anímicas e mediúnicas para o serviço de consolidação do bem em si mesmo e na sociedade.
O seu amadurecimento psicológico permite-lhe compreender toda a magnitude das faculdades parapsíquicas, superando os impedimentos que habitualmente se lhe antepões à educação.
Desse modo, a mediunidade põe-no em contato com o mundo espiritual de onde procede a vida e para a qual retorna, quando cessado o seu ciclo material, ensejando-lhe penetrar realidades que se demoram ignoradas, incursionando com destreza além das vibrações densas do corpo carnal.
O exercício das faculdades mediúnicas, no entanto, se reveste de critérios e cuidados, que somente quando levados em conta propiciam os resultados pelos quais se anelam.
A mediunidade é inerente a todos os indivíduos em graus de diferente intensidade. Como as demais, é uma faculdade amoral, manifestando-se em bons e maus, nobres e delinqüentes, pobres e ricos.
Pode expressar-se com alta potencialidade de recursos em pessoas inescrupulosas, e quase passar despercebida em outras, portadoras de elevadas virtudes.
Surge em criaturas ignorantes, enquanto não é registrada nas dotadas de cultura. É patrimônio da vida para crescimento do ser no rumo da sua destinação espiritual. O uso que se lhe dê, responderá por acontecimentos correspondentes no futuro do seu possuidor.
Uma correta educação da mediunidade tem início no estudo das suas potencialidades: causas, aplicações e objetivos. Adquirida a consciência mediúnica, o exercício sistemático, sem pressa, contribui para o equilíbrio das suas manifestações.
Uma conduta saudável calcada nos princípios evangélicos atrai os Bons Espíritos, que passam a cooperar em favor do medianeiro e da tarefa que ele abraça, objetivando os melhores resultados possíveis do empreendimento.
O direcionamento das forças mediúnicas para fins elevados propicia qualificação superior, resultando em investimento de sabor eterno.
Se te sentes portador de mediunidade, encara-a com sincero equilíbrio e dispõe-te a aplicá-la bem.
O homem ditoso do futuro será um indivíduo PSI, um sensível e consciente instrumento dos Espíritos, ele próprio lúcido e responsável pelos acontecimentos da sua existência.
Desveste-te de quaisquer fantasias em torno dos fenômenos de que és objeto e encara-os com realismo, dispondo-te a sua plena utilização.
Amadurece reflexões em torno deles e resguarda-os das frivolidades, exibicionismos vãos, comercialização vil, recurso para a exaltação da personalidade ou das paixões inferiores.
Sê paciente com os resultados e perseverante nas realizações. Toda sementeira responde à medida que o tempo passa.
A educação da mediunidade requer tempo, experiência, ductibilidade do indivíduo, como sucede com as demais faculdades e tendências culturais, artísticas e mentais que exornam o homem.
Quem seja portador de cultura, de bondade e sinta a presença dos fenômenos paranormais, está a um passo da realização integral, a caminho próximo da auto-iluminação.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Iluminação. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

Heresias
“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 11:19.)
Recebamos os hereges com simpatia, falem livremente os materialistas, ninguém se insurja contra os que duvidam, que os descrentes possuam tribunais e vozes.
Isso é justo.
Paulo de Tarso escreveu este versículo sob profunda inspiração.
Os que condenam os desesperados da sorte não ajuízam sobre o amor divino, com a necessária compreensão. Que dizer-se do pai que amaldiçoa o filho por haver regressado a casa enfermo e sem esperança?
Quem não consegue crer em Deus está doente. Nessa condição, a palavra dos desesperados é sincera, por partir de almas vazias, em gritos de socorro, por mais dissimulados que esses gritos pareçam, sob a capa brilhante dos conceitos filosóficos ou científicos do mundo. Ainda que os infelizes dessa ordem nos ataquem, seus esforços inúteis redundam a benefício de todos, possibilitando a seleção dos valores legítimos na obra iniciada.
Quanto à suposta necessidade de ministrarmos fé aos negadores, esqueçamos a presunção de satisfazê-los, guardando conosco a certeza de que Deus tem muito a dar-lhes. Recebamo-los como irmãos e estejamos convictos de que o Pai fará o resto.
Caminho, Verdade e Vida – Chico Xavier / Emmanuel

sábado, 6 de outubro de 2012

http://wfera.tripod.com/respostasaoimpossivel/id48.html

Vida após a Morte.


Um dos maiores temores da humanidade, dentre todos os lados sombrios e desconhecidos, é sem dúvida a morte. E a pergunta mais enviada ao nosso site, é sobre este assunto. A resposta completa deverá ser dada no livro O Enigma de Platão, brevemente nas livrarias. A editora no entanto nos permitiu um resumo para os leitores do Respostas ao Impossível. Vamos então a um breve comentário sobre a seguinte pergunta:
O que acontece com os seres humanos depois da morte?

Vamos primeiramente descrever parte de um texto da obra escrita em Fedro, livro de autoria de Platão:
 
"Nenhum poeta jamais cantou nem cantará a região que se situa acima dos céus. Vejamos, todavia, como ela é. Se devemos dizer sempre a verdade, quanto mais obrigados o seremos ao falarmos da própria verdade. A realidade sem forma, sem cor, impalpável só pode ser contemplada pela inteligência, que é o guia da alma. E é na idéia Eterna que reside a ciência perfeita, aquela que abarca toda a verdade."


"O pensamento de um deus nutre-se de inteligência e de ciência puras. O mesmo se dá com todas as almas que buscam nutrir-se do alimento que lhes convém. quando a alma, depois da evolução pela qual passa, atinge o conhecimento das essências, esse conhecimento das verdades puras a mergulha na maior das felicidades"


"Depois de haver contemplado essas essências, volta a alma ao seu ponto de partida. E, ao longo da evolução pela qual passou, ela pôde contemplar a Justiça e a Ciência - não esta que conhecemos, sujeitas às mudanças e que são contingentes aos objetos - mas a Ciência que tem por objeto o Ser dos Seres. Quando assim contemplou as essências, quando saciou a sua sede de conhecimento, a alma mergulha novemente na profundeza do céu e volta a seu pouso. Aquela ( alma ) que mais Verdades contemplou gerará um filósofo, um esteta ou um amante favorito das Musas."


Resposta ao enigma:


Platão descreve com autoridade a natureza das almas, pois como filósofo, ele  pôde contemplar a beleza das Musas, divindades que presidiam as artes e a ciência. Além disso descreve em um rápido intervalo sua viagem ao mundo das almas:


"A beleza era visível em todo o seu esplendor quando, na corte dos bem-aventurados, deparávamos com o espetáculo ridente em que seguiam a Zeus (Deus na mitologia grega) e alguns entre nós a outros deuses. Iniciados nos mistérios divinos, nós os celebrávamos puros e livres, isentos das imperfeições em que mergulhamos no curso ulterior do nosso caminho. A integridade, a simplicidade, a imobilidade, a felicidade eram as visões que a iniciação revelava ao nosso olhar, imersas numa pura e clara luz. Não tínhamos mácula nem tampouco contato com esse sepulcro que é o nosso corpo ao qual estamos ligados como a ostra à sua concha."


O que Platão descreve, só pode ser descrito pelos filósofos, únicos seres humanos capazes de viajarem no tempo. No livro O Enigma de Platão, os leitores vão conhecer o pequeno Jorge, um garoto que mergulha no mundo das almas e viaja no tempo, até Atlântida, a cidade perdida descrita por Platão. Lá ele recebe as informações de como os seres humanos se formaram ao longo do tempo. Descobre que o Conhecimento já existia antes do mundo dos homens, e que é formado pelo mundo das idéias, onde os deuses se nutrem de conhecimento, através da experiência vivida por todas as almas.


As almas, que vivem no mundo das idéias, no entanto, não podem manifestar-se em nosso mundo sem depender da matéria, por este motivo, as que vivem enclausuradas nos corpos humanos, ao lembrar deste detalhe que conhecem de outrora, lutam para conseguir a manifestação do eterno através de elementos materiais como o fogo e o ouro, que por ser bons condutores de energia, trazem dos recantos mais misteriosos do céu, a manifestação das almas que ali cooperam com os deuses na regência do universo.


A resposta ao enigma da morte, em que a alma volta ao seu ponto inicial, é que ela vive absolutamente livre da matéria, mas só poderá se manifestar pela experiência e evolução do conhecimento adquirido ao longo do tempo. E que a vida após a morte é como nos sonhos que nós seres humanos temos todos os dias. Se nossos pensamentos se enchem de conhecimento e sabedoria de coisas boas e justas, passaremos para a vida eterna com estas lembranças, que se repetirão para sempre. Em caso contrário, se pensarmos somente em coisas injustas e ruins, passaremos para a vida eterna com eternas repetições destas coisas. Resumindo, a morte é como um sonho durante a vida na terra. Se prestarmos atenção aos nossos sonhos, saberemos exatamente como nos movimentamos durante a vida no infinito universo, após a morte de nossos corpos.

terça-feira, 2 de outubro de 2012


A PEDAGOGIA E A REENCARNAÇÃO

Das ciências ditas gregas da área filosófica, sem dúvida, a Pedagogia – Ciência da Educação – na preocupação fundamental de instruir a criança (inicialmente) e educá-la para a vida, nunca se preocupou, através de seus educadores, com o problema reencarnatório de cada um, tendo em vista que ele, além de ter péssima aceitação, estaria contrariando as crenças de um modo geral, afinal, este seria um assunto exclusivo diretamente ligado às religiosidades.

Todavia, muita coisa há que se considerar em relação à forma de educação que se deva dar a cada um, se levarmos em conta a personalidade e o conceito do processo reencarnatório, hoje em dia aceito por correntes científicas que se baseiam numa lei física que nos diz que “todo fenômeno é repetitivo” e que “todo agente capaz de realizar determinado fenômeno, é capaz de reproduzi-lo tantas vezes quantas necessárias”.

Ora, posto isso, já não mais se trata de crença, mas de fenomenologia do domínio físico depois que a Ciência estabeleceu que “a energia fundamental cósmica por si só não pode se alterar” – sem dúvida, uma afirmativa a favor da possível existência do Espírito ou agente estruturador (como dizem) – algo há que atua nos seres biológicos para dar-lhes a vida.

Contudo, este não é um assunto nada pedagógico.

A Pedagogia, até o início do século XX se estruturava quase que exclusivamente em Pestalozzi e seus métodos didáticos de estudo para aprendizagem do aluno.

Só em 1909 é que a doutora Maria Montessori, médica pediátrica nascida na Itália e radicada nos países baixos (Holanda), preocupada com o estudo das crianças especiais é que começaram as verdadeiras mudanças na dita pedagogia do ensino. Inicialmente, ela, como diretora da Escola de Ortofenia de Roma criou um novo método de educação dirigida para a clientela, separando-a segundo suas características pessoais – a aprendizagem não podia ser a mesma para todos – o que vem a ser o primeiro passo para o estudo do educando segundo sua personalidade individual.

Mas só em 1909 é que ela ousou publicar seu primeiro trabalho neste campo, admitindo que a educação dependia do conhecimento científico do dito educando.

Foi outro médico, porém belga, Ovide Decroly que, em 1921 acabou se tornando o pioneiro da “Educação Nova”, baseada nos centros de interesse e das necessidades fundamentais da educação infantil. Foi ele que instituiu os jogos educativos e as atividades naturais – no caso, trabalhos manuais, etc. – como forma de interesse educacional de grande importância.

Outro grande destaque da pedagogia foi Rudolf Steiner, nascido na Áustria e educado na Croácia; inicialmente, preocupado com a Metafísica, dedicou-se ao estudo da Teosofia elaborando um trabalho – Antroposofia (Teosofia humana) -, acabou por se instalar na Suíça onde se separou dos teósofos para se dedicar à nova forma de educação, fundando a Escola Waldort em Studgart, cidade alemã de Baaden. Com a sua formação teosófica, foi o primeiro a registrar seus estudos pedagógicos voltados à idéia da formação espiritual de cada um. Juntou sua sociedade antroposófca à formação educacional da criança na sua nova vida.

Leia-se aí “reencarnação”.

Mas, infelizmente, os educadores registram, apenas, o fato como histórico; ademais, a formação evangélica da sociedade não permitia que se aprofundasse na formação educacional neste campo, atribuindo o direito de fazê-lo só ao Criador.

Anterior a Steiner, na França, pontificou, em meados do século XIX um educador emérito, Prof. Rivail, discípulo dileto de Pestalozzi e introdutor da Metodologia do Ensino – Didática – no país de Gales e que deixou de lado a educação para se dedicar a novo estudo voltado para os fenômenos paranormais, usando o pseudônimo de Allan Kardec. Caberia a ele, provavelmente, aliar sua formação educacional com a doutrina que codificara, com o nome de Espiritismo, voltada para os conceitos que, posteriormente, Steiner apresentou como fundamento para compreensão das reações do aluno ante seu ensino.

O Espiritismo brasileiro atual se transformou em mais uma doutrina cristã de fundo religioso e abandonou o campo de pesquisa educacional voltado ao processo reencarnatório, preocupando-se, apenas, em evangelizar seus seguidores sob influência dos ensinamentos atribuídos a Jesus, provavelmente motivado pela tendência do nosso povo.

Era de se esperar que os educadores orientados pela codificação de Kardec dessem prosseguimento aos estudos de Steiner, procurando entender o aluno como fruto de uma personalidade de vidas passadas que influiriam em sua personalidade, mas, o ensino, desde o fundamental até o de extensão universitária, todo ele é exclusivamente voltado para o conhecimento estabelecido nas normas de educação de cada país, nenhum deles preocupado com o sistema palingenético da vida, como se a aprendizagem de cada um fosse, apenas, uma informação a ser adquirida por um aluno que partiria do conhecimento zero.

A didática, todavia, registra mas não esclarece o motivo pelo qual cada criança, cada estudante tem sua própria reação ao ensino, alguns mostrando conhecimento injustificado pelo que já aprendera nesta vida, outros tendo enorme dificuldades em conseguir entender o que lhe seja ensinado.

Evidentemente, só a tese reencarnatória poderia justificar tais reações tão distintas porque, por mais que se tenha tentado e se esforçado para provar que a inteligência de cada um seja genética, a verdade é que os fatos observados provam rigorosamente o contrário: filhos de gênios, por vezes, comprometem a paternidade e os gênios, até então não encontraram em seus antepassados a explicação para sua genialidade.

Em conclusão: se o ensino visasse a uma aprendizagem onde fosse ensinado que nossos atos atuais e nossos conhecimentos nos projetariam a outras vidas futuras, quem o compreendesse, certamente, sentiria a necessidade de melhor aprender para que seu processo de evolução através de vidas futuras fosse bem mais rápido.

Quem se conscientiza de que nossos atos atuais irão se refletir na encarnação seguinte, evidentemente, envidará esforços para aprender e o educador, tendo esta mesma compreensão, provavelmente, entenderá o porquê do comportamento de seus alunos na vida presente, procurando pesquisá-lo em decorrência de vidas passadas.

Ou será que tudo isso é pura ilusão?

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Artigo recebido da articulista, via e-mail, em 25 de dezembro de 2008 (Thursday, December 25, 2008 3:29 PM).