segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mãos Estendidas




Estende a tua mão. E ele a estendeu
e foi-lhe restituída a sua
mão, sã como a outra" - (MARCOS, 3:5.)



Em todas as casas de fé religiosa, há crentes de mãos estendidas, suplicando socorro...

Almas aflitas revelam ansiedade, fraqueza, desesperança e enfermidades do coração.

Não seremos todos nós, encarnados e desencarnados, que algo rogamos à Providência Divina, semelhantes ao homem que trazia a mão seca?

Presos ao labirinto criado por nós mesmos, eis-nos a reclamar o auxílio do Divino Mestre...

Entretanto, convém ponderar a nossa atitude.

É justo pedir e ninguém poderá cercear quaisquer manifestações da humildade, do arrependimento, da intercessão.

Mas é indispensável examinar o modo de receber.

Muita gente aguarda a resposta materializada de Jesus.

Esse espera o dinheiro, aquele conta com a evidência social de improviso, aquele outro exige a imediata transformação das circunstâncias no caminho terrestre...

Observemos, todavia, o socorro do Mestre ao paralítico.

Jesus determina que ele estenda a mão mirrada e, estendida essa, não lhe confere bolsas de ouro nem fichas de privilégio. Cura-a. Devolve-lhe a oportunidade de serviço.

A mão recuperada naquele instante permanece tão vazia quanto antes.

É que o Cristo restituía-lhe o ensejo bendito de trabalhar, conquistando sagradas realizações por si mesmo; recambiava-o às lides redentoras do bem, nas quais lhe cabia edificar-se e engrandecer-se.

A lição é expressiva para todos os templos da comunidade cristã.

Quando estenderes tuas mãos ao Senhor, não esperes facilidades, ouro, prerrogativas... Aprende a receber-lhe a assistência, porque o Divino Amor te restaurará as energias, mas não te proporcionará qualquer fuga às realizações do teu próprio esforço.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 20a edição. Lição 174. FEB, 1999.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dificuldades






De braços com a dificuldade, não te lamentes nem adotes desalento por reação. Desânimo e pessimismo são os antídotos da cura. Servem apenas para agravar o problema.

Diante de qualquer situação, da visita da dor ou de provas morais, não adiantam desculpas, nem transferir responsabilidades. Os males que nos alcançam têm raízes em nós mesmos. Cabe-nos, portanto, enfrentá-los e extirpá-los de nós pela cirurgia da mudança.

Quanto te vires sob o látego da incompreensão, vítima da deslealdade ou da perseguição gratuitas, não te deixes paralisar pela idéia da "autopiedade". Quanto mais te fazes vítima, de alvo indevido das perturbações externas, mais se avoluma a tua represa íntima de sofrimentos.

Nos exames do caminho a que todos somos chamados a testar nossas aquisições morais, comporta-te como aluno consciente dos deveres e desejoso de multiplicar os conhecimentos que o conduzirão ao êxito no curso em que foi matriculado. Persevera no aprendizado, de boa vontade, porque somente a lição dada comprova a aquisição do saber.

Em vez de te revoltares, ou te entregares ao desânimo, acusando e culpando as provas ou os que funcionam, à tua revelia, por examinadores dos teus valores espirituais e das tuas resistências morais, bendizes a oportunidade e te esforças para provares a ti mesmo que hoje já estás um pouco melhor do que eras ontem.

Não te maldigas da má sorte. Examina antes a boa sorte que tens desperdiçado e as oportunidades que tens jogado fora. Medita sobre o bem que tens negligenciado pelo excessivo amor-próprio e pela mania da "autopiedade".

Levanta-te e deixa que a vida te examine as aquisições reais, para aprenderes que as dificuldades são oportunidades de aprendizado a teu favor. Sem elas, não terias chegado onde estás! Agradece a Deus e prossegue fazendo todo o bem aos outros, que estarás fazendo-o a ti mesmo.

Que Jesus te abençoe,

Deocleciano

Pereira, Wanderley. Ditado pelo Espírito Deocleciano

domingo, 19 de outubro de 2008

A FELICIDADE

Não está no dinheiro, porquanto, a cada passo, surpreendemos irmãos nossos, investidos na posse do ouro, a se confessarem desorientados e infelizes; importa reconhecer, porém, que o dinheiro criteriosamente administrado, transfigura-se em poderosa alavanca do trabalho e da beneficência, resgatando lares e corações para a Vida Superior.
* * *
Não está na inteligência, visto que vemos, em toda parte, gênios transviados, utilizando fulgurações do pensamento em apoio das trevas; urge anotar, no entanto, que a inteligência aplicada na sustentação do bem de todos será sempre uma fonte de luz.
* * *
Não está na autoridade humana, de vez que habitualmente abraçamos criaturas, altamente revestidas de poder terrestre, carregando o peito esmagado de angústia; é necessário observar, todavia, que a influência pessoal em auxílio à comunidade é base de segurança e fator de harmonia.
* * *
Não está nos títulos acadêmicos, porque, em muitas ocasiões, encontramos numerosos amigos laureados com importantes certificados de competência, portando conflitos íntimos que os situam nos mais escuros distritos do sofrimento e da aflição; não será, contudo, razoável ignorar que um diploma universitário, colocado no amparo ao próximo, é uma lavoura preciosa de alegrias e bênçãos.
* * *
Não está no que possuis e sim no que dás e, ainda assim, não tanto no que dás como no modo como dás.
* * *
Não está no que sonhas e sim no que fazes e, sobretudo, na maneira como fazes.
* * *
Felicidade, na essência, é a nossa integração com Cristo de Deus, quando nos rendemos a Ele para que nos use como somos e no que temos, a benefício dos semelhantes. Isso porque todo bem que venhamos a fazer é investimento em nosso favor, na Contabilidade Divina. Em suma, felicidade colhida nasce e cresce da felicidade que se semeia, ou melhor, à medida que ajudamos aos outros, por intermédio dos outros, o Céu nos ajudará.
Emmanuel

(De “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos)
Bom Dia Amigos - Mensagem da Manhã

Medos e temores? Por que mantê-los?
Eles desaparecem quando entendes que o mundo te é amigo, que o dia apareceu para ajudar-te, que ninguém quer te fazer mal e que tuas capacidades vencem as dificuldades.
Assim pensando, surge-te um mundo agradável e receptivo, onde podes enxergar adiante e fazer planos para o amanhã.
Afirma-te, agora, com força interna e vence as idéias de derrota, futuro negro ou progresso incerto.
Não temas.
Os rios, quando grandes os obstáculos, avolumam as águas, ultrapassam-os e continuam no curso.

Extraído de Ânimo


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Amigos - Bom Dia - Mensagem Da Manhã

A felicidade nasce na luta.
Ânsia natural do ser, a felicidade surge do seu esforço e sacrifício, do equilíbrio do sentimento e do vigor da inteligência.
Não pense que a felicidade é uma quimera, uma névoa, uma ilusão .
Ela existe, mas não pode ser alcançada de uma vez, como num passe de mágica.
É preciso ir galgando degraus e melhorando-se aos poucos pelo trabalho e pelo amor.
A felicidade total é o encontro com Deus.

Extraído de Sementes de Felicidade

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Oração do Dia - PRECE PELA CARIDADE
Senhor... Diariamente estou em contato com vários irmãos meus, de todos os lugares e procedências, buscando-me o gesto e o olhar para uma comunhão mais demorada, ou apenas roçando-me o passo, apressados, a caminho de destino diverso, numa fração de tempo que embora mínimo pode dizer muito de minha conduta fraterna.
Chegam com dificuldades de toda sorte, não apenas no corpo, mas também na alma... Trazem fome, frio, desamparo, vazio, tédio, angústia e desalento, sem que me verbalizem tal estado de ânimo, muitas vezes, cabendo a mim entender sua silenciosa aflição. Para algumas dessas pessoas, posso ser a solução, para muitas outras, posso tornar-me o agravamento do problema...
Sendo assim, Pai, peço-lhe abençoe minha consciência para que ela refleita, a cada momento, a luz da caridade maior, aquela que não apenas mitiga a fome do pobre ou que alivia a chaga do enfermo, mas que também, da mesma forma atende o irmão que nos busca a presença trazendo fome, sede e doenças na alma, e solicitando, por isso mesmo, maior atenção, amizade, respeito e compreensão de nossa parte.
Que eu saiba anotar a penúria de um eventual irmão e estender a moeda que não me fará falta no bolso, que eu saiba servir o prato de sobras na porta, o pão, a água, o remédio, a informação correta... Mas que eu saiba, igualmente, estender a moeda da tolerância com o cumprimento gentil, o prato da consolação com o pão do bom ânimo e a água da paciência com o remédio da compreensão e do carinho.
Assim saberei, Senhor, que terei feito o melhor, e nada precisarei recriminar em mim, quando à noite, no instante de dormir, dirigir-me a Ti, mais uma vez, agradecendo o dia que me destes!...

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 2002*
Amigos - Boa Tarde - Mensagem Para: 17/10/08

Ó Deus!

Inspira-me o coração neste instante.

Que eu possa Te sentir atuando dentro de mim, conhecendo os meus mais íntimos pensamentos.

São criações minhas, Pai, os maus pensamentos encravados na minha mente.

Compreendo que tudo o que fizer de mal resultará em dor para o meu futuro, assim como o meu mau passado está agindo em mim hoje, trazendo-me amarguras e desilusões.

Não quero pensar mais em coisas negativas.

Quero libertar-me, ser diferente do que era antes, começar uma vida nova, tocada pelo Teu amor.

E Te prometo, com todas as forças da alma, que, de agora em diante, serei melhor.

Procurarei esforçar-me ao máximo, para gostar das pessoas, mesmo das que não pensam como eu.

Vou apreciá-las, valorizar as suas qualidades e silenciar ante os seus defeitos.

Peço-Te as forças para concretizar estas intenções.

Obrigado! Obrigado!

Extraído de 'Preces da Vida'



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sábado, 18 de outubro de 2008

Decisão de Ser Feliz






Empenha-te ao máximo para tornar tua vida agradável a ti mesmo e aos outros.

É importante que, tudo quanto faças, apresente um significado positivo, motivador de novos estímulos para o prosseguimento da tua existência, que se deve caracterizar por experiências enriquecedoras.

Se pessoas que te cercam não concordarem com a tua opção de ser feliz, não te descoroçoes, e, sem qualquer agressão, continua gerando bem-estar.

És a única pessoa com quem contarás para estar contigo, desde o berço até o túmulo, e depois dele, como resultado dos teus atos...

Gerar simpatia, produzindo estímulos otimistas, para ti mesmo representa um crescimento emocional significativo, a maturidade psicológica em pleno desabrochar.

É relevante que o teu comportamento produza um intercâmbio agradável, caricioso, com as demais pessoas.No entanto, senão te comprazer, transformar-se-á em tormento, induzindo-te a atitudes perturbadoras, desonestas.

Tuas mudanças e atitudes afetam aqueles com os quais convives. É natural, portanto que te plenificando, brindem-te com mais recursos para a geração de alegrias em volta de ti.



Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta – alcançar o que haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.

Buda renunciou a todo conforto principesco para atingir a iluminação.

Maomé sofreu perseguições e permaneceu indômito até lograr sua meta.

Gandhi foi preso inúmeras vezes, sem reagir, fiel aos planos da não-violência e da liberdade para o seu povo.

E Jesus preferiu a cruz infamante à mudança de comportamento fixado no amor.

Todos quantos anelam pela integração com a Consciência Cósmica geram simpatia e animosidade no mundo, estando sempre a braços com os sentimentos desencontrados dos outros, porém fiéis a si mesmos, com quem sempre contam, tanto quanto, naturalmente, com Deus.

Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem estar, não se está eximindo ao sofrimento, às lutas, ás dificuldades que aparecem.Pelo contrário, eles sempre surgem como desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo nem alterar o prazer que experimenta na preservação do comportamento elegido.Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.

Quem na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de tratamento adequado.

A vida é bênção, e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.
Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.



Franco, Divaldo. Da obra: Momentos de Saúde. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Ambiente Caseiro



A casa não é apenas um refúgio de madeira ou alvenaria, é o lar onde a união e o companheirismo se desenvolvem.

A paisagem social da Terra se transformaria imediatamente para melhor se todos nós, quando na condição de espíritos encarnados, nos tratássemos, dentro de casa, pelos menos com a cortesia que dispensamos aos nossos amigos.

Respeite a higiene, mas não transfigure a limpeza em assunto de obsessão.

Enfeite o seu lar com os recursos de gentileza e do bom-humor.

Colabore no trabalho caseiro, tanto quanto possível.

Sem organização de horário e previsão de tarefas, é impossível conservar a ordem e a tranqüilidade dentro de casa.

Recorde que você precisa tanto de seus parentes quanto seus parentes precisam de você.

Os pequeninos sacrifícios em família formam a base da felicidade no lar.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Abre a Porta





"E havendo dito isto, assoprou
sobre eles e disse-lhes:
Recebei o Espírito Santo."
- (JOÃO, 20:22.)



Profundamente expressivas as palavras de Jesus aos discípulos, nas primeiras manifestações depois do Calvário.

Comparecendo à reunião dos companheiros, espalha sobre eles o seu espírito de amor e vida, exclamando: "Recebei o Espírito Santo."

Por que não se ligaram as bênçãos do Senhor, automaticamente, aos aprendizes? por que não transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divino aos sucessores? Ele, que distribuíra dádivas de saúde, bênçãos de paz, recomendava aos discípulos recebessem os divinos dons espirituais. Por que não impor semelhante obrigação?

É que o Mestre não violentaria o santuário de cada filho de Deus, nem mesmo por amor.

Cada espírito guarda seu próprio tesouro e abrirá suas portas sagradas à comunhão com o Eterno Pai.

O Criador oferece à semente o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa e o adubo, o cuidado dos lavradores e a bênção das estações, mas a semente terá que germinar por si mesma, elevando-se para a luz solar.

O homem recebe, igualmente, o Sol da Providência e a chuva de dádivas, as facilidades da cooperação e o campo da oportunidade, a defesa do amor e o adubo do sofrimento, o carinho dos mensageiros de Jesus e a bênção das experiências diversas; todavia, somos constrangidos a romper por nós mesmos os envoltórios inferiores, elevando-nos para a Luz Divina.

As inspirações e os desígnios do Mestre permanecem a volta de nossa alma, sugerindo modificações úteis, induzindo-nos à legítima compreensão da vida, iluminando-nos através da consciência superior, entretanto, está em nós abrir-lhes ou não a porta interna.

Cessemos, pois, a guerra de nossas criações inferiores do passado e entreguemo-nos, cada dia, às realizações novas de Deus, instituídas a nosso favor, perseverando em receber, no caminho, os dons da renovação constante, em Cristo, para a vida eterna.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

DELINQÜÊNCIA

Quando o cansaço te procure no serviço do bem, reflete naqueles irmãos que suspiram pelo mínimo das facilidades que te enriquecem as mãos.
Pondera não apenas as dificuldades dos que, ainda em plenitude de forças físicas, se viram acometidos por lesões cerebrais, mas também no infortúnio dos que se acham em processos obsessivos, vinculados às trevas da delinqüência.
Observa não somente a tortura dos paralíticos, reclusos em leitos de provação, mas igualmente a dor dos que não souberam entender a função educativa das lutas terrestres e caminham, estrada afora, de coração enrijecido na indiferença.
Considera não apenas o suplício dos que renascem em dolorosas condições de idiotia, reclamando o concurso alheio nas menores operações da vida orgânica, mas também o perigoso desequilíbrio daqueles que, no fastígio do conforto material, resvalam em ateísmo e vaidade, fugindo deliberadamente às realidades do espírito.
Medita não somente na aflição dos que foram acidentados em desastres terríveis, mas igualmente na angústia dos que foram atropelados pela calúnia, tombando moralmente em revolta e criminalidade, por não saberem assimilar o benefício do sofrimento.
Quando a fadiga te espreite a esfera de ação, pensa naqueles companheiros ilhados em padecimentos do corpo e da alma, a esperarem pelo auxílio, ainda que ligeiro, de teu pensamento, de tua palavra, de tua providência, de tuas mãos...
Se o desânimo te ameaça, examina se o abatimento não será unicamente anseio de repousar antes do tempo, e se te reconheces conscientemente dotado de energias para ser útil, não te confies à inércia ou à lamentação.
Quando a fadiga apareça, recorda que alguém existe, a orientar-te e a fortalecer-te na execução das tarefas que o Alto te confiou; alguém com suficiente amor e poder, a esperar-te os recursos e dons na construção da Vida Melhor... Esse alguém é Jesus, a quem aceitamos por Mestre e que certa feita, asseverou, positivo à frente dos seguidores espantados por vê-lo servir num dia consagrado ao descanso: "Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também."
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Estude e Viva)

Uma manifestação interessante




Livro: Fatos Espíritas
William Crookes
http://www.autoresespiritasclassicos.com

O extraordinário médium D. D. Home narra o seguinte caso, na sua obra Life and Mission:

“Quando eu residia em Springfield, tive uma grave moléstia que me reteve ao leito durante algum tempo. Um dia, na ocasião em que o médico se retirava, um Espírito me deu esta comunicação: “Tomai o trem da tarde para Hartford, pois se trata de um negócio importante para o progresso da causa; não repliqueis, fazei simplesmente o que vos dizemos”.

Dei conhecimento à minha família dessa extraordinária ordem e, apesar do meu estado de fraqueza, tomei o trem, ignorando completamente o que eu ia fazer e o objetivo de tal viagem.

Ao chegar a Hartford, veio ao meu encontro um estrangeiro, que me disse: “Só tive ocasião de vos ver uma única vez, mas creio que falo com o Sr. Home.” Respondi-lhe afirmativamente, acrescentando que eu chegava a Hartford sem nenhuma idéia do que se queria da minha pessoa. “É engraçado! – replicou o meu interlocutor –, eu vinha exatamente tomar o trem para vos ir procurar em Springfield.” Explicou-me ele, então, que uma família influente, bem conhecida, me pedia para eu fazer-lhe uma visita e prestar o meu concurso às investigações que ela desejava fazer sobre o Espiritismo. O fim da viagem começava, pois, a desenhar-se, mas o mistério permanecia ainda velado.

Agradável trajeto em carruagem conduziu-nos logo ao nosso destino. O dono da casa, o Sr. Ward Cheney, que veio receber-me à porta, saudou-me, dizendo que não esperava que eu chegasse senão no dia seguinte pela manhã.

Logo que entrei no vestíbulo, a minha atenção foi atraída por um ruído semelhante ao farfalhar de um pesado vestido de seda. Olhei ao redor de mim e fiquei surpreendido de não ver ninguém; passamos, então, a uma das salas e não me preocupei mais com esses incidente.

Pouco depois, vi no vestíbulo uma velha baixa, com pesado vestido de seda escura, a qual parecia muito preocupada. Aí estava a explicação desses mistérios; eu tinha ouvido, sem ver, essa pessoa que ia e vinha pela casa.

Repetindo-se o farfalhar do vestido, o Sr. Cheney, que o tinha ouvido ao mesmo tempo em que eu, perguntou-me de onde vinha esse ruído. “Ora esta! – respondi –, é do vestido de seda escura dessa velha que vejo no vestíbulo.” Quem seria essa pessoa? A aparição era, efetivamente, tão perfeita que eu não duvidava que fosse uma criatura em carne e osso. Como o resto da família chegasse naquele instante, as apresentações impediram o Sr. Cheney de me responder e, naquele momento, eu não tive mais ocasião de obter informações.

Tendo sido servido o jantar, fiquei admirado de não ver à mesa a senhora do vestido de seda; esses fatos despertaram a minha curiosidade e essa senhora tornou-se logo para mim um objeto de preocupação.

Quando todos deixaram a sala de jantar, ouvi de novo o farfalhar do vestido de seda e, também, uma voz disse: “Eu estou aborrecida porque colocaram um caixão sobre o meu; não quero que ele fique ali”.

Tendo eu dado parte dessa comunicação ao dono da casa e à sua mulher, eles se olharam com admiração e, em seguida, o Sr. Cheney, rompendo o silêncio, me disse que reconhecia perfeitamente esse vestido, a sua cor e mesmo seu gênero de seda espessa, mas que o fato do caixão colocado sobre o dela era um absurdo. Essa resposta me tornou perplexo; eu não sabia mais o que dizer.

Uma hora depois, ouvi de repente a mesma voz pronunciar exatamente idênticas palavras, porém acrescentando o seguinte: “Além disso, Seth não tinha o direito de cortar essa árvore”. Tendo narrado ao dono da casa essa nova comunicação, ele ficou muito inquieto. “Há, em tudo isso, disse-me ele, alguma coisa bem extraordinária. Meu irmão Seth cortou uma árvore que embaraçava a vista, e dissemos-lhe que, se a pessoa que ora pretende falar-vos fosse viva, não consentiria no corte dessa árvore. Quanto ao resto da comunicação, afirmo que não tem nada de racional.” A mesma comunicação me foi dada à noite pela terceira vez, e me expus de novo a um desmentido formal. Eu estava sob o golpe de uma impressão muito penosa, quando me recolhi ao quarto, pois nunca tinha recebido comunicação mentirosa, e mesmo admitindo o bom senso do seu agravo, semelhante insistência, da parte de um Espírito desencarnado de não querer que um outro caixão fosse colocado sobre o seu, me parecia absolutamente ridícula.

Pela manhã, manifestei ao dono da casa o meu profundo desapontamento, respondendo-me que também estava muito sentido, mas ia provar-me que esse Espírito – se realmente era aquele que dizia ser – estava perfeitamente enganado. “Vamos até ao jazigo de minha família – acrescentou –, e vereis que, embora tivéssemos querido, não fora possível colocar um outro caixão em cima do dela.” Logo que chegamos ao cemitério, fomos procurar o coveiro, que guardava a chave do jazigo.

Na ocasião em que ele ia abrir a porta, pareceu refletir e disse com um ar um tanto embaraçado, voltando-se para o Sr. Cheney: “Devo participar a V.S. que, como restava justamente um pequeno espaço em cima do caixão da Sra. X, coloquei ali o caixãozinho do filho de L... Penso que isso não tem importância, mas talvez fora melhor que eu vos tivesse prevenido disso. Ele está lá desde ontem apenas.” Nunca me hei de esquecer do olhar que me lançou o Sr. Cheney, quando me disse, voltando-se para mim: “Meu Deus, é pois uma verdade!” À noite, o Espírito manifestou-se de novo e disse-nos: “Não acrediteis que eu ligue a menor importância ao caixão colocado sobre o meu; pode ser colocada até uma pilha de caixões, com isso não me incomodo. O meu único fim era dar, de uma vez para sempre, prova da minha identidade, de vos levar à convicção absoluta de que sou sempre um ser vivo e racional, a mesma E... que sempre fui.”.

Bom Dia Amigos - Mensagem Da Manhã

Amigo, você anda ansioso.
Você quer retirar da vida algo que parece indispensável, mas que ela lhe nega. E aí nasce sua insatisfação.
Ao invés de querer ter, receber, sugar algo da vida, procure dar.
Dando, você entrará no ritmo da vida abundante e passará a receber multiplicado.
Preocupe-se em dar. Estude como fazê-lo.
Olhe para frente e para o alto. Siga avante.
Estar disposto a mais dar do que receber é conquistar a liberdade.

Extraído de Sementes de Felicidade
Pense decidido.
O seu pensamento plasma a sua felicidade ou a desgraça.
É o seu leme. Para onde o dirige, você vai junto.
Ame.
Pense em coisas que favorecem mais aos outros do que a
você. Seja positivo, confiante, otimista.
Lute sem se desesperar.
Saiba esperar.
Siga em frente.
É mais decidido o pensamento que está impregnado do
poder de Deus.

Sementes de Felicidade

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

PROTEÇÃO ESPIRITUAL

Oraçao do Dia -
Jesus amado... Muito tenho ouvido falar sobre os teus mensageiros, Espíritos iluminados que seguem nossa trajetória terrena com amor e cuidados, em teu nome, para que teu reino triunfe das sombras da ignorância e da morte!... Leio nos livros, nas mensagens, referências encantadoras acerca de sua atuação, o que desperta em mim o desejo imenso de tê-los mais perto, mais chegados, como protetores reais de minha vida e meu coração!...
Compreendo que são anjos, Senhor, teus anjos, que atuando na Terra, nos suavizam os caminhos e nos transportam em suas asas nos momentos de dor e aflição... Amorosos e sábios, sopram-nos sugestões felizes e apontam estradas retas com a graça e a ternura que só anjos sabem ter!...
São irmãos, Jesus, são estrelas humanas que mais cedo que nós despertaram para Ti, erguendo-se do vale sombrio para os píncaros da luz, deixando em seu caminho o rastro feliz para todos aqueles que lhes seguem as pegadas. São luzeiros voluntários que por amor permanecem conosco, trabalhando incessantemente por nossa vitória e consequente felicidade, são corações amados que, esquecendo a própria grandeza, seguem passo a passo conosco, diligentes e incansáveis, até o momento em que nós, atingindo a leveza das aves, possamos alçar vôo junto com eles também...
Guarda-os Senhor, protege-os - eles que sabem apenas nos guardar e proteger, e derrama sobre eles nossa gratidão e os nossos votos de carinho e fidelidade... Sopre-lhes coragem, Jesus, sempre que falharmos na Terra não obstante seus infinitos cuidados, e não permita que nossos erros lhes causem dor e lágrimas... Fale a eles da sua coragem e bom ânimo, até o final doloroso no Gólgota, quando te deixastes erguer na cruz por todos nós, para que eles jamais desanimem na tarefa de nos salvar de nós mesmos, guardando bom ânimo e coragem, igualmente, no que concerne ao nosso aproveitamento, e que jamais nos abandonem e nos privem de seus cuidados e desvelos!...
Abençoa-os, Senhor, e neste novo dia que começo agora, ajuda-me de todos os modos a que eu não me afaste deles, por um momento que seja, para que eu caminhe em paz por entre as atribulações que me cabem, ouvindo-os e atendendo-os, diligentemente, e espalhando assim, nos meus passos, pequenos ensaios de luz para os irmãos que me seguem a retaguarda...
Esteja conosco, Jesus, com todos nós, protetores e tutelados, para que, amparados em Teu sublime amor, caminhemos sem temor rumo à gloria que nos cabe dentro da Criação, no seio augusto do Divino Pai.

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 18/Out/2002*

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Efeito da Cólera






Um velho judeu, de alma torturada por pesados remorsos, chegou, certo dia, aos pés de Jesus, e confessou-lhe estranhos pecados.

Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado vários amigos de suas terras e bens, arremessando-os à ruína total e reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada, semeara em muitos corações o desespero, a aflição e a morte.

Achava-se, desse modo, enfermo, aflito e perturbado... Médicos não lhe solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos da consciência dilacerada.

O Mestre Divino, porém, ali mesmo, na casa de Simão Pedro, onde se encontrava, orou pelo doente e, em seguida, lhe disse:

- Vai em paz e não peques mais.

O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrara o corpo, sentiu-se curado, e saiu, rendendo graças a Deus.

Parecia plenamente feliz, quando, ao atravessar a extensa fila dos sofredores que esperavam pelo Cristo, um pobre mendigo, sem querer, pisou-Ihe num dos calos que trazia nos pés.

O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a bengaladas.

Estabeleceu-se grande tumulto.

Jesus veio à rua apaziguar os ânimos.

Contemplando a vítima em sangue, abeirou-se do ofensor e falou:

- Depois de receberes o perdão, em nome de Deus, para tantas faltas, não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado que tu?

O velho judeu, agora muito pálido, pôs as mãos sobre o peito e bradou para o Cristo:

- Mestre, socorre-me!... Sinto-me desfalecer de novo... Que será isto?

Mas, Jesus apenas respondeu, muito triste:

- Isso, meu irmão, é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio coração.

E, ainda hoje, isso acontece a muitos que, por falta de paciência e de amor, adquirem amargura, perturbação e enfermidade.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mudança Indispensável
















Muitas vezes, por um melindre qualquer, descarregamos nossa raiva contra alguém, numa explosão selvagem de fúria de que geralmente nos arrependemos depois. Nesses momentos, agimos como se fossemos movidos por uma tempestade íntima dos sentimentos em desequilíbrio. De repente, escurece a nossa a nossa paisagem mental e do nosso mundo interior em desordem eclodem trovões de ódio, relâmpagos, raios e ventos de impulsos destruidores que vão destroçando afeições, arrancando troncos de amor, desfazendo plantações de esperanças e turvando o rio da paz, criando-nos abismos de graves conseqüências para nossas vidas.

E enquanto as forças em desequilíbrio não se renderem ao dique da razão e do bom senso, os nossos automatismos psíquicos estarão acionados pela enxurrada de mágoas e ressentimentos, prostrando-nos por muito tempo ainda a estados mórbidos de sofrimento moral desencadeadores das diversas enfermidades que a medicina coleciona através dos tempos. Muitos passam a peregrinar pelas clínicas médicas, hospitais e templos religiosos, quando não terminam os dias torturados pela obsessão e a loucura, solitários sobre o leito da apatia e das frustrações que criaram para si próprios.

Entregues a indisciplina das emoções, fechados nas câmaras escuras do egoísmo e do amor-próprio excessivos, não se ajudaram no tratamento dos seus conflitos psíquicos, anulando todas as defesas naturais e tornando-se vítimas de doenças incuráveis, em virtude da sua conduta agressiva e dominadora com que desorganizaram e envenenaram o próprio mundo interior. São os falidos dos sentimentos, escravos de sua própria incúria, que jogaram no lixo da desídia belas oportunidades de reabilitação da saúde física, mental e espiritual pela disciplina dos impulsos. Transferem-se para além túmulo na condição de suicidas, sujeitos a estações de sofrimento maiores ainda até cogitarem da indispensável renovação, com vistas a novas experiências reeducativas quase sempre no mesmo ambiente e em relação com as mesmas pessoas junto às quais faliram.

Examina, portanto, a tua conduta diante das avaliações a que te vês submetido pelos próprios acontecimentos da vida, que não atendem senão às tuas próprias necessidades de progresso e oportunidade de mudança e crescimento. Domina os teus impulsos inferiores, o engenho do orgulho que range raivoso dentro de ti, a fim de não impedires que a bondade de Deus opere a teu favor no momento certo, para que não venhas a transformar tua vida num martírio inútil sem nenhum proveito para o teu futuro. Contorna a tua tempestade íntima e aprende a esperar na dor para que possas colher em plena primavera de amor os sonhos de felicidade que acalentas.

Ora e te protege na humildade, se queres ser ouvido nos teus apelos.



Diocleciano, mensagem recebida pelo médium Wnaderley Pereira às 17:00 horas do dia 08.12.03.

Ante o Além

A vida não termina
Onde a morte aparece.

Não transformes saudade
Em fel nos que se foram.

Eles seguem contigo,
Conquanto de outra forma.

Dá-lhes amor e paz,
Por muito que padeças.

Eles também te esperam
Procurando amparar-te.

Todos estamos juntos,
Na presença de Deus.



Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Pensa um Pouco

“As obras que eu faço em nome
de meu Pai, essas testificam de mim”
– Jesus. (João 10:25)



É vulgar a preocupação do homem comum, relativamente às tradições familiares e aos institutos terrestres a que se prende, nominalmente, exaltando-se nos títulos convencionais que lhe identificam a personalidade.

Entretanto, na vida verdadeira, criatura alguma é conhecida por semelhantes processos. Cada Espírito traz consigo a história viva dos próprios feitos e somente as obras efetuadas dão a conhecer o valor ou o demérito de cada um.

Com o enunciado, não desejamos afirmar que a palavra esteja desprovida de suas vantagens indiscutíveis; todavia, é necessário compreender-se que o verbo é também profundo potencial recebido da infinita Bondade, como recurso divino, tornando-se indispensável saber o que estamos realizando com esse dom do Senhor Eterno.

A afirmativa de Jesus, nesse particular, reveste-se de imperecível beleza.

Que diríamos de um Salvador que estatuísse regras para a Humanidade, sem partilhar-lhe as dificuldades e impedimentos?

O Cristo iniciou a missão divina entre homens do campo, viveu entre doutores irritados e pecadores rebeldes, uniu-se a doentes e aflitos, comeu o duro pão dos pescadores humildes e terminou a tarefa santa entre dois ladrões.

Que mais desejas? Se aguardas vida fácil e situações de evidência no mundo, lembra-te do Mestre e pensa um pouco.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pão Nosso. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

domingo, 5 de outubro de 2008

El otro y yo

Para aprender a ser tolerantes


Cuando el otro no acaba su trabajo, digo que es perezoso.

Cuando yo no acabo mi trabajo, es que estoy demasiado ocupado.

Cuando el otro habla de alguien, es maledicencia.

Cuando lo hago yo, es crítica constructiva.

Cuando el otro defiende su punto de vista, es un tozudo.

Cuando yo defiendo mi punto de vista, tengo firmeza.

Cuando el otro no me habla, es una afrenta.

Cuando yo no le hablo, es un simple olvido.

Cuando yo necesito mucho tiempo para hacer cualquier cosa, soy cuidadoso.

Cuando el otro necesita mucho tiempo para hacer cualquier cosa, es lento.

Cuando el otro es amable, algo está tramando.

Cuando yo soy amable, soy maravilloso.

Cuando el otro ve los dos aspectos de una cuestión, es oportunista.

Cuando yo veo los dos aspectos de una cuestión, soy inteligente.

Cuando el otro es rápido haciendo cualquier cosa, es negligente.

Cuando yo soy rápido haciendo cualquier cosa, soy hábil.

Cuando el otro defiende sus derechos, es un egoísta.

Cuando yo defiendo mis derechos, demuestro tener carácter.

Cuando el otro hace cualquier cosa sin que se le pida, es un entrometido.

Cuando yo hago cualquier cosa sin que se me pida, tengo iniciativa.


PONTE EN EL LUGAR DEL OTRO

ENRIQUECERÁ TU PUNTO DE VISTA

SÍNDROME DO ESTRELISMO





(desconheço o autor)

Muitas pessoas na vida são acometidas por uma doença muito grave chamada Síndrome do Estrelismo”. Duas grandes ilusões acompanham os portadores desta síndrome. Primeiramente, pensam que têm brilho próprio. Em segundo lugar, pensam que o seu brilho dura para sempre.

Toda estrela vive a ilusão do brilho próprio, e pensa que brilha por si mesma; logo imagina também que se basta a si mesma. É o complexo de superioridade, sempre acompanhado de alguns sintomas muito conhecidos, tais como presunção, arrogância, soberba, orgulho e vaidade. Geralmente esse tipo de luz se apaga muito rapidamente e, pior ainda, quando cair, a queda é muito grande.

Neste mundo de DEUS ninguém tem brilho próprio. As noites enluaradas nada mais são do que reflexo do brilho do sol sobre a lua. O sol brilha e a lua resplandece. Se na própria natureza percebemos o valor da interdependência, da justa cooperação para a beleza maior do universo, também isso é verdadeiro no plano da vivência humana.

Quando resplandecemos, alguém está nos emprestando o seu brilho. Quem pensa que brilha sozinho, vive uma grande ilusão e usurpa uma luz que não lhe pertence. Nossas vitórias e conquistas trazem o reflexo de muitos brilhos e do brilho de muitos, e que, mesmo no anonimato, ainda assim são mais importantes do que imaginamos.

Uma outra grande ilusão do portador da síndrome do estrelismo é imaginar que vai brilhar para sempre. É o complexo de eternidade adoecendo a vida de alguns pobres mortais. Nesta vida nada é para sempre !

Existem pessoas que não podem conquistar alguns espaços sociais, especialmente no exercício do poder e de influência (políticos, religiosos, artistas, intelectuais, etc.), pois imaginam-se astros-reis, brilhando numa constelação de míseros vaga-lumes.

Tais pessoas esquecem que a vida terrena é muito efêmera, e que as marcas desta efemeridade estão presentes em toda nossa existência. Tudo na vida é ilusório. O rei Salomão disse: “Tudo é vaidade !” Isso vale, também, para os que se imaginam intocáveis e eternos.
Neste novo milênio, seremos todos desafiados a buscar a cooperação mútua, o intercâmbio constante e o reconhecimento de que não somos estrelas isoladas, mas membros de uma grande constelação, onde o brilho de todos é também reflexo do brilho de cada um.
Precisamos deixar que os outros brilhem, pois muitas vezes, quando alguém lança uma luz sobre nosso caminho, aponta-nos o abismo onde iríamos cair.
Estrela não tem luz própria. A glória do universo é apenas um pequeno reflexo da luz maior que provém de DEUS, e todos nós somos fagulhas de DEUS.

Quando
pensamos que estamos
brilhando, é
ELE quem nos empresta a Sua luz.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Morte do Cão



Carlos Neto

Chamavam-no Gillet. Soberbo cão de raça
que um caçador famoso, um doido pela caça,
mandara vir de fora, a peso de dinheiro.
Era um ídolo o cão. E aos carinhos tão doces
dos agrados gentis, o cão acostumou-se
a consagrar, também, a vida ao companheiro.

Na época melhor das ótimas caçadas,
os dois partiam sós, à luz das alvoradas,
buscando o coração misterioso das matas.
E voltavam, depois, alegres e contentes,
despertando em redor os íncolas dormentes,
ao compassado som de estranhas serenatas.

Mas, depois de algum tempo, o cão envelhecido,
desdentado, sem forças, exausto, entorpecido,
já bem dificilmente acompanhava o dono.
Era um cão sem valor, inútil companhia,
que preciso se fazia, de dia para dia,
ir deixando ficar em mísero abandono.

A fortuna também girou, rapidamente,
e o velho caçador, tão rico, de repente
sentiu minguar-lhe o pão. Sentiu faltar-lhe o ouro.
A morte lhe roubara a esposa muito amada
e ele viu sua casa escura e abandonada,
tendo um filho só por último tesouro!

II

Um dia, disfarçando o peso da desgraça
que, aos poucos, lhe esmagava o triste coração,
ele partiu, cantando as emoções da caça.
Mas quis partir sozinho. E acorrentou o cão.

Do mísero cativo as pérolas do pranto
desceram. Mas, ao ver o caçador contente,
o pobre cão lá foi, resignado, a um canto
deitar-se, carregando o peso da corrente.

A noite que descia em silêncio e trevas
envolvia a casa. E eis que, repentinamente,
farejando a amplidão, faminto, um lobo avança...


(E lá no berço a criancinha dorme,
como dorme num berço uma criança.)

Escancarada a porta encontrava-se então.

O lobo se aproxima...
Nesse momento,
No turvo olhar do cão lucila um pensamento.
E eis que, grunhindo, uivando, o cão forceja, torce
retorce
e quebra, num ímpeto de amor,
os elos da corrente.

Travou-se, então, uma horrorosa luta,
no silêncio da noite, indiferente e bruta.

Surdo ranger de dente, ossos a estrelejar.
Mil contrações de dor. O sangue a borbulhar,
a relva machucada... o fogo do cansaço...
e baques pelo chão... Tudo espalha no espaço

em ímpeto fremente, um acre odor de guerra!
Depois... o baquear de um corpo em cheio em terra
Depois... um abafado e último gemido.
Um preito ao vencedor, por parte do vencido.

.x-.x-.x-

Depois daquele horror... depois... Depois mais nada.
Era a tragédia finda e a noite sossegada.

Mais tarde, ao despertar da fresca madrugada,
o caçador voltava.
Vendo a porta aberta,
a casa palmilhada
e toda salpicada, com o sangue do cão,
corre para o berço do filhinho.
Anseia, estua, pára...
ao vê-lo ensangüentado
e vazio.

Tonto de amor paterno, cego de vingança,
afaga junto ao peito o cabo de um punhal
e, vendo aos pés a festejar-lhe o cão,
atira um golpe rijo ao peito do animal
que, exânime, resvala em último suspiro.

Mas, nisso, ouve uma voz que chama o caçador.
"Papá, papá, papá!" Alucinado, incerto...
era a voz do filhinho - o filho estava perto -
correu desesperado... e - atônito, absorto -
o foi achar, contente e sossegado,
junto à casa do cão... e, ali bem perto, ao lado,
um lobo enorme, mas ensangüentado e morto!.

.x-.x-x-.x-.x-

APRENDA A MEDITAR

CONVITE À ALEGRIA

"Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e essa alegria ninguém vo-la tirará."

(João: capítulo 16º, versículo 22.)

A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade venceu.

Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar em lamentáveis escombros.

A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.

Na jornada quotidiana "marcas passos".

Na disputa das posições segues ladeira acima.

No círculo das amizades cais na "rampa do desprezo".

No reduto da família és um "estranho em casa

Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.

Mesmo assim, cultiva a alegria.

Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.

Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.

Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.

Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.

O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.

Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.

Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação — começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Convite ao Desprendimento






"Não ajunteis para vós tesouros
na terra, onde a traça e a ferrugem
os consomem, e onde os ladrões
penetram e roubam..."
(Mateus: 6-19.)

Desprendimento na qualidade de desapego, não de estroinice nem dissipação.

Todo e qualquer motivo que ata à retaguarda sob condicionamentos retentivos se transforma em cadeia escravizante.

Os objetos a que o homem se apega valem os preços que lhes são emprestados, constituindo-se elos a impedirem o avanço do possuidor, na direção do futuro...

Desapego, portanto, em forma de libertação do liame pessoal egoístico e tormentoso que constitui presídio e patíbulo para quem se fixa negativamente como para aquele que se faz vítima afetiva.

Liberta-se das aflições constritivas, asfixiantes, para marchar com segurança.

Doa com alegria quanto possas, generosamente.

O que distribuis com equilíbrio e lucidez multiplica-se, o que reténs reduz-se.

Abundância, como excesso, engendram miséria e loucura.

Distende assim, mão generosa na alfândega da fraternidade, mas liberta-te da emotividade desregrada, da posse afetuosa e objetos, animais e pessoas, porquanto mais carinhos que te mereçam, mais devoção que lhes dês, chegará o dia de atravessares o portal do túmulo, fazendo-o solitário, livre de amarras ou jungido ao que se demorará, a desgastar-se pela ferrugem, pelo azinhavre, corroído ou simplesmente em trânsito por outras mãos ante a tua tormentosa impossibilidade de reter e interferir.



Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Na Direção do Bem

O Senhor tudo criou na direção do bem.

Todas as criaturas, por isto, são chamadas a produzir proveitosamente.

A erva tenra sustenta os animais.

A fonte oculta socorre o inseto humilde.

A árvore é abençoada companheira dos homens.

A flor produzirá fruto.

O fruto dar-nos-á mesa farta.

O rio distribui as águas.

A chuva lava o céu e sacia a terra sedenta.

A pedra faz o alicerce de nossa casa.

A boa palavra revela a bom caminho.

Como desconhecer os santos propósitos da vida, se a natureza que a sustenta reflete os sábios desígnios da Providência?

Grande escola para o nosso espírito, a Terra é um livro gigantesco em que podemos ler a mensagem de amor universal que o Pai Celeste nos envia.

Desde a gota de orvalho que alimenta a cacto espinhoso, à luz do Sol que brilha no alto para todos os seres, podemos sentir o apelo da Infinita Sabedoria ao serviço de cooperação na felicidade, na paz e na alegria dos semelhantes.

Todo homem e toda mulher nascem no mundo para tarefas santificantes, segundo a Divina Lei.

Com alegria, o bom administrador governa as interesses do povo.

Com alegria, a bom lavrador ara o solo e protege a sementeira.

O homem que semeia no chão, garantindo a subsistência das criaturas, é irmão daquele que dirige o pensamento das nações para o conhecimento divino.

A mulher que recebe homenagens pelas suas virtudes públicas é irmã daquela que, na intimidade do lar, se sacrifica pela criancinha doente.

Deus conhece as pessoas pelo que produzem, assim como nós conhecemos as árvores pelos frutos que nos estendem.

Em razão disto, os homens bons são amados e respeitados.

A presença deles atrai o carinho e a veneração dos semelhantes. Os maus, todavia, são portadores de ações e palavras indesejáveis e toda gente lhes evita o convívio, tanto quanto nos afastamos das plantas espinhosas e ingratas.

O homem bom compreende que a vida lhe pede a benção do serviço e levanta-se cada manhã, pensando: - "Que belo dia para trabalhar!"

O mau, porém, ergue-se de mau humor. Não sabe sorrir para os que o cercam e costuma exclamar: - "Dia terrível! Que destino cruel! Detesto o trabalho e odeio a vida!"

Um homem, qual esse, precisa de auxílio dos homens bons, porque em não se dedicando ao serviço digno será realmente muito infeliz.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

CONTIGO MESMO





"... O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo;termina no limite que não gostaríeis de ver ultrapassado em relação a vós mesmos..." (Cap. XVII, item 7.)



Como decifrar o dever?

De que maneira observar o dever íntimo impresso na consciência, diante de tantos deveres sociais, profissionais e afetivos que muitas vezes nos impõem caminhos divergentes?

Efetivamente, nasceste e cresceste apenas para seres único no mundo. Em lugar algum existe alguém igual a tua maneira de ser; portanto, não podes perder de vista essa verdade, para encontrares o dever que te compete diante da vida.

Teu primordial compromisso é contigo mesmo, e tua tarefa mais importante na Terra, para a qual és o único preparado, é desenvolver tua individualidade no transcorrer de tua longa jornada evolutiva.

A preocupação com os deveres alheios provoca teu distanciamento das próprias responsabilidades, pois não concretizas teus ideais nem deixas que os outros cumpram com suas funções. Não nos referimos aqui à ajuda real, que é sempre importante, mas à intromissão nas competências do próximo, impedindo-o de adquirir autonomia e vida própria.

Assumir deveres dos outros é sabotar os relacionamentos que poderiam ser prósperos e duradouros. Por não compreenderes bem teu interior, é que te comparas aos outros, esquecendo-te de que nenhum de nós está predestinado a receber, ao mesmo

tempo, os mesmos ensinamentos e a fazer as mesmas coisas, pois existem inúmeras formas de viver e de evoluir. Lembra-te de que deves importar-te somente com a tua maneira de ser.

Não podemos nos esquecer de que aquele que se compara com os outros acaba se sentindo elevado ou rebaixado. Nunca se dá o devido valor e nunca se conhece verdadeiramente.

Teus empenhos íntimos deverão ser voltados apenas para tua pessoa, e nunca deverás tentar acomodar pontos de vista diversos, porque, além de te perderes, não ajustarás os limites onde começa a ameaça à tua felicidade, ou à felicidade do teu próximo.

Muitos acreditam que seus deveres são corrigir e reprimir as atitudes alheias.

Vivem em constantes flutuações existenciais por não saberem esperar o fluxo da vida agir naturalmente. Asseveram sempre que suas obrigações são em "nome da salvação" e, dessa forma, controlam as coisas ou as forçam acontecer, quando e como querem.

Dizem: -"Fazemos isso porque só estamos tentando ajudar". Forçam eventos, escrevem roteiros, fazem o que for necessário para garantir que os atores e as cenas tenham o desempenho e o desenlace que determinaram e acreditam, insistentemente, que seu
dever é salvar almas, não percebendo que só podem salvar a si próprios.

Nosso dever é redescobrir o que é verdadeiro para nós e não esconder nossos sentimentos de qualquer pessoa ou de nós mesmos, mas sim ter liberdade e segurança em nossas relações pessoais, para decidirmos seguir na direção que escolhemos. Não "devemos" ser o que nossos pais ou a sociedade querem nos impor ou definir como melhor. Precisamos compreender que nossos objetivos e finalidades de vida têm valor unicamente para nós; os dos outros, particularmente para eles.

Obrigação pode ser conceituada como sendo o que deveríamos fazer para agradar as pessoas, ou para nos enquadrar no que elas esperam de nós; já o dever é um processo de auscultar a nós mesmos, descortinando nossa estrada interior, para, logo após,
materializá-la num processo lento e constante.

Ao decifrarmos nosso real dever, uma sensação de auto-realização toma conta de nossa atmosfera espiritual, e passamos a apreciar os verdadeiros e fundamentais valores da vida, associados a um prazer inexplicável.

Lembremo-nos da afirmação do espírito Lázaro em "O Evangelho Segundo o Espiritismo":

"O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo primeiro, e dos outros em seguida.

(cap. XVII, item 7)


Renovando atitudes- Francisco do Espírito Santo Neto/ Hammed

Novena Milagrosa de Santa Teresinha





(esta novena pode ser começada em qualquer dia do mês; há um grande número de amigos de Santa Teresinha que fazem a novena de 9 a 17 de cada mês)

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santinha, concedei a graça que ardentemente Vos peço – (faça o pedido da graça) – se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para a salvação de minha alma.

Ajudai a minha fé e minha esperança cumprindo mais uma vez Vossa promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida.

Reza-se em seguida 24 vezes: “GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO ASSIM COMO ERA NO PRINCÍPIO, AGORA E SEMPRE, POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS , AMÉM.”

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

(final: Ave Maria/Pai Nosso)



ORAÇÃO FINAL PARA
TODOS OS DIAS

Óh! Angélica Teresinha, que tanto amastes ao próximo até desejardes “passar vosso céu fazendo o bem na terra”, ouvi as humildes súplicas que vos dirigimos e fazei cair sobre nós um “chuveiro de rosas”. Ah! Amável Santinha, ensinai-nos a amar o Bom Deus como O amastes, dando-nos parte na “legião de pequeninas vítimas” dignas do Divino Amor, até que caídos os véus da fé, possamos gozar “face a face” daquele Deus que vos cumulou de suas mais eternas carícias. Assim seja.

2º DIA

Santa Teresinha, lírio de pureza, vós que conservastes a vossa alma toda pura, não a maculando com a menor falta voluntária, pois “desde a mais terna infância jamais recusastes o menor sacrifício a Jesus”, obtende-nos a preciosa graça de uma fidelidade de cada instante às inspirações divinas, para que sejam também nossas almas jardins de lírios, onde com delícias “se apascente o Cordeiro Imaculado”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

3º DIA

Santa Teresinha, violeta de humildade, que vos sentíeis feliz reconhecendo achar em vossa fraqueza toda a vossa força, que apreciáveis mais as luzes sobre a fé, e assim atraístes os olhares de complacência do Pai Celeste, alcançai-nos a graça de saber “gloriar-nos em nossas fraquezas”, para que se realize em vós o oráculo do Divino Mestre: “Todo aquele que se humilha será exaltado”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

4ª DIA

Santa Teresinha, que sob o gracioso símbolo de pequeninas flores, soubestes aproveitar todas as horas de sofrimentos, tornando vosso cantar tanto mais melodioso, quantos mais longos e pungentes eram os espinhos entre os quais colhíeis as rosas de uma rigorosa e constante mortificação, obtende-nos a graça de amar as cruzes que encontramos em nosso caminho, a fim de nos tornarmos verdadeiros discípulos daquele que disse: “Quem quiser ser meu discípulo negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

5º DIA

Santa Teresinha, que tão bem realizastes a vida de infância espiritual, descobrindo nela o segredo da santidade, conservando-vos “sempre pequenina, reconhecendo vosso nada e tudo esperando do Bom Deus, como a criancinha tudo espera de seu Pai”, alcançai-nos com vossa poderosa intercessão nossa conversão completa a essa encantadora via que o Divino Mestre nos mostra necessária à conquista da Pátria, quando diz: “Eu vos digo, em verdade, se não vos converterdes e não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no reino dos céus”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

6ª DIA

Santa Teresinha, flor predilecta do jardim do Carmelo, vós que soubestes arrebatar o Coração Divino pela confiança cega e seu amor misericordioso, levando-a a ponto de dizerdes que “mesmo que tivésseis sobre a consciência todos os crimes que se podem cometer, nada perderíeis de vossa confiança”, porque compreendestes os tesouros do amor e da misericórdia divina, ah! obtende-nos a graça de mesmo no meio de nossas maiores misérias, jamais perdermos a confiança em nosso Divino Salvador que deu até a última gota de sangue para nos remir; para que, assim confiando sempre, consigamos a vida eterna, pois “quem confia no Senhor não será confundido”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

7º DIA

Santa Teresinha, que sob os véus de uma vida comum e obscura, chegastes à mais íntima união com Deus, a ponto de dizerdes que “no céu veríeis a Deus sim, mas quanto a estardes com Ele já o estáveis na terra”, ah! Alcançai-nos a graça de compreender o valor da recta intenção, para que

por ela santifiquemos as nossas acções ordinárias e atinjamos como vós a mais íntima união com nosso Pai Celeste, ocultando nossa vida com Jesus Cristo em Deus. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

8º DIA

Santa Teresinha, que glorificastes de um modo inefável ao Bom Deus pelo abandono completo de vós mesma em suas divinas mãos: vós que, no meio das mais duras provas, permanecíeis numa paz profunda que nada podia perturbar, ah! Ensinai-nos esse caminho luminoso da confiança e do total abandono para que, no meio de todas as trevas que cercam o nosso exílio, possamos gozar “da paz celestial que excede a todo sentimento”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

9º DIA

Santa Teresinha, que como águia real pairastes sempre nas regiões do alto, bem longe desta terra de misérias, pedindo ao vosso Deus que “as criaturas nada fossem para vós e vós nada para elas”, obtende-nos a graça de um perfeito desapego de tudo que passa e fazei que embora exilados neste vale de lágrimas tenhamos “nossa conversão no céu” até que convosco eternamente cantemos as misericórdias divinas. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai e Oração Final)

Outras orações a Santa Teresinha

Súplicas

Ó Santa Teresinha, Serafim de amor, vós que tão bem compreendestes a palavra dos Livros Santos “Deus é amor” e que soubestes corresponder a esse amor, amando-O a ponto de exclamardes que “o amor divino vos prevenira desde a infância e se tornara em vós um abismo de profundeza insondável”, obtende-nos a graça de amarmos cada vez mais a Deus, começando nesta vida o cântico de amor, que convosco no céu durará eternamente, porque a “caridade jamais se extingue”. Assim seja.

(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)


Consagração a Santa Teresinha

Aos pés de vossa Santa Imagem, ó Santa Teresinha, glória do Carmelo e auxílio certo dos que a Vós recorrem, venho tomar-vos por minha especial Protectora e Advogada. Ponho-me inteiramente sob vossa protecção, confio sem vacilar que me haveis de valer e socorrer na vida e na morte. Ó minha celestial Santinha, velai sobre o meu corpo sobre a minha alma, tomai à vossa conta todos os meus interesses, socorrei-me em todas as minhas necessidades. Ensinai-me a amar Jesus e a Maria e a conseguir o bem para que fui criado, que é conhecer, amar, reverenciar e servir a Deus nesta vida e gozá-lo eternamente na Pátria bem-aventurada.

Ó Santa Teresinha, abençoai-me e salvai-me.

Amém.

BEM AVENTURADOS

André Luiz

Bem-aventurados os aflitos

Que, chorando - não se desanimam,

Que, ofendidos - não revidam,

Que, esquecidos pelos outros - não olvidam os deveres que lhes são próprios,

Que, dilacerados - não ferem,

Que, caluniados - não caluniam,

Que, desamparados - não desamparam,

Que, acoitados - não praguejam,

Que, injustiçados - não se justificam,

Que, traídos - não atraiçoam,

Que, perseguidos - não perseguem,

Que, desprezados - não desprezam,

Que, ridicularizados - não ironizam,

Que, sofrendo - não fazem sofrer...

Até agora, raros aflitos da Terra conseguiram merecer as bem-aventuranç as do Céu, porque, realmente, com amor puro somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com sua ressurreição e com o seu devotamento, a Humanidade inteira.

Psicografia em Reunião Publica Data - 17-12-1951
Local - Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas

Do Livro "Através do Tempo", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos