terça-feira, 30 de setembro de 2008

Felicidade Possível






Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.

Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.

Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.

Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.

Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes...

Crês que eles são felizes...

Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.

Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.

Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.

Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.

Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.

Felicidade, porém, é conquista íntima.

Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.

Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.

Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.

As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.

A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.

Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.

Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.

Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

EM QUE PERSEVERAS?

VINHA DE LUZ

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

39 - EM QUE PERSEVERAS?

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações." - (ATOS, 2:42.)

Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negação de espiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.

Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas celestiais permaneçam cerradas para sempre.

E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraíso perdido, os resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os princípios seculares do mais poderoso império do mundo.

Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.

Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo? Onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anônimos? onde os sinais públicos das vozes celestiais? onde os leprosos limpos e os cegos curados?

As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.

A misericórdia do Pai não mudou.

A Providência Divina é invariável em todos os tempos.

A atitude dos cristãos, na atualidade, porém, é muito diferente. Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços da fé viva. A maioria prefere os chamados "pontos de vista", comunga com o personalismo destruidor, fortalece a raiz do egoísmo e raciocina sem iluminação espiritual.

A Bondade do Senhor é constante e imperecível. Reparemos, pois, em que direção somos perseverantes.

Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo.

Oração à São Cosme e Damião

São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal.

Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino do Céu".

São Cosme e Damião, rogai por nós. Amém.

Usina de Forças

Ama o corpo que te serve de instrumento para o progresso espiritual com respeito e elevação.

Através dele, cresces e constróis o mundo de esperança e felicidade, se o conduzes com dignidade e trabalho.

Não suponhas que ele seja responsável pela falência dos teus valores éticos, ou pelas sucessivas quedas que te retêm na retaguarda.

Considerando-o, prolongar-lhe-ás a existência e finalidade, preservando-o de desgastes desnecessários.

*
A fraqueza moral nunca é da carne, mas, sim, do Espírito que a comanda.

*
Graças ao corpo, a Humanidade recebeu as belezas da arte superior através de Miguel Ângelo, Rafael, Goya, Rembrandt e, antes deles, Fídias, Praxíteles ou Renoir, Tissot, Manet.

Por ele se expressaram, na música divina, Bach, Mozart, Beethoven, Sibelius, Schummann, Carlos Gomes, Villa Lobos, para nos recordarmos apenas de alguns poucos.

Através dele, o pensamento se humanizou em Sócrates, Platão, Aristóteles, Rousseau, Hegel, Kant...

Utilizando-o, Krishna, Buda, Confúcio, Jesus, Allan Kardec, trouxeram ao mundo a canção de beleza da imortalidade em triunfo.

Mergulhados nele, Pasteur, Koch, Hansen, Fleming, ampliaram os horizontes da saúde, ao lado de Kraepelin, Griesinger, Freud, Jung, que lutaram pelo reequilíbrio mental e emocional dos homens.

Conduzindo-o com nobreza, Francisco de Assis, Teresa de Ávila, Vicente de Paulo, mantiveram viva a chama da fé e da caridade.

... E milhares de cientistas, filósofos, artistas, poetas, músicos, santos, heróis e lutadores anônimos construíram sob divina inspiração o mundo onde agora respiras.

*
Certamente, há muito ainda por fazer. E isto a ti compete realizar, oferecendo a tua quota de engrandecimento.

*
Se os vestígios do primitivismo, do qual ele proveio, te induzem à promiscuidade de qualquer natureza ou ao seu rebaixamento moral, sustenta-o na fragilidade com o combustível da temperança, não agindo de forma a perturbar-lhe o equilíbrio ou intoxicá-lo com os miasmas da injunção danosa.

*
Se te ocorre ciliciá-lo, a fim de o acalmar, conforme ensinam, erradamente, os atormentados da fé, balsamiza-lhe os impulsos com os medicamentos da prece e os esforços do trabalho que retemperam as energias.

*
Se o tombas, por qualquer motivo ou invigilância, não o lastimes nem o recrimines. Simplesmente, levanta-o e evita-lhe repetir o insucesso.

*
Se o tens enfermo ou mutilado, acode-o com o otimismo e a confiança em Deus.

*
Se o possuis sadio e harmônico, bendize-o com a sua preservação cuidadosa.

*
Nem excesso de cuidados, vivendo para ele, nem abandono, desprezando-o à própria sorte.

*
O teu corpo é conquista que alcançaste diante das Soberanas Leis da Vida.

Torna-o uma usina de forças a serviço do bem e um santuário de bem-aventuranças com possibilidades de alçar-te das cinzas e do lodo da terra aos altiplanos espirituais, onde reinam a felicidade e o amor total.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1988.

Comecemos de nós mesmos

Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo ao bem quanto possuem.

*
Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.

*
Propaga a fé, suportando os revezes de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável e quem te observa crescerá em otimismo e confiança.

*
Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, auxiliando sem desânimo e amparando sem reclamar, e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.

*
Planta a bondade, cultivando com todos a tolerância e a gentileza e os teus associados de ideal encontrarão contigo a necessária inspiração para o esforço de extinção da maldade.

*
Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever cumprido e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da ociosidade.

*
As boas obras começam de nós mesmos.

*
Educaremos, educando-nos.

*
Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.

*
Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.

*
Que o Espírito de Cristo nos infunda a decisão de realizar o auto-aprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito do Cristo.

*
A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.

*
Sigamos ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos a perseverança com a luz da ressurreição..

Xavier, Francisco Candido. Da obra: Apostilas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. 5 edição. Araras, SP: IDE. 1993.

Amor Fraternal






"Permaneça o amor fraternal."
Paulo (Hebreus, 13:1)



As afeições familiares, os laços consangüíneos, as simpatias naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura as eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.

O equilíbrio é a posição ideal.

Por demasia de cuidado, inúmeros pais prejudicam os filhos.

Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do ciúme que lhes aniquilam a felicidade.

Em razão da invigilância, belas amizades terminam em abismo de sombra.

O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de imensa importância.

A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.

O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes.

Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.

Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pão Nosso. Ditado pelo Espírito Emmanuel

POEMA DEL SECRETO

Miguel A. Buesas

Puedo tocar tu mano sin que tiemble la mía,
y no volver el rostro para verte pasar.
Puedo apretar mis labios un día y otro día...
y no puedo olvidar.

Puedo mirar tus ojos y hablar frívolamente,
casi aburridamente, sobre un tema vulgar,
puedo decir tu nombre con voz indiferente...
y no puedo olvidar.

Puedo estar a tu lado como si no estuviera,
y encontrarte cien veces, así como al azar...
puedo verte con otro, sin suspirar siquiera,
y no puedo olvidar.

Ya ves: Tu no sospechas este secreto amargo,
mas amargo y profundo que el secreto del mar...
porque puedo dejarte de amar, y sin embargo...
no te puedo olvidar!

Miguel A.Buesa

Hereditariedade e Personalidade

Há qualidades individuais, cuja presença a hereditariedade pais-filhos, antepassados- descendentes, não basta para explicar. Todo o processo evolutivo não pode ficar confiado somente à transmissão do organismo físico, pelo fato de que a reprodução se faz na juventude, quando os pais possuem um mínimo de experiência adquirida, enquanto, para que a evolução possa assegurar a sua continuidade e acumular os frutos de seu trabalho, a reprodução deveria realizar-se na velhice, ao fim da vida, quando os pais possuem o máximo de sabedoria a transmitir. . (P. Ubaldi - Princípios de uma nova Ética)

Existe, pois, o fato de que o efeito deve ser proporcionado à causa e ser da mesma natureza. Ora, matéria e espírito são de estrutura diversa, e um funcionamento cerebral não é proporcionado aos efeitos mentais que o transcendem em potência e em qualidade. Um caso semelhante é o representado pela impossibilidade de admitir que o tipo de personalidade seja o produto dos cromossomos e genes que o nascituro encontra nas células germinais dos genitores. Deveremos, ao contrário, admitir que a personalidade não derive do desenvolvimento desses elementos, causa da formação do seu tipo, que deles seria o efeito, mas que é preexistente ao nascimento e que, segundo o seu tipo já definido nas células germinais dos genitores, escolhe os elementos que mais lhe são adaptados, os que mais se lhe assemelham, para continuar a desenvolver-se consoante o próprio tipo. Isto acontece por afinidade e sintonia. Só assim a evolução pode seguir um desenvolvimento lógico, não confiado ao acaso como tentativa.

(P. Ubaldi - Um Destino Seguindo Cristo)

Trabalhar

Se você acredita na preguiça, olhe a água parada.

*

Seja qual seja o seu problema, o trabalho será sempre a sua base de solução.

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Não existe processo de angústia que não se desfaça ao toque do trabalho.

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Diante de qualquer sofrimento, o trabalho é o nosso melhor caminho de libertação.

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Não se aborreça se alguns companheiros lhe abandonarem a estrada; continue em seu próprio dever e o trabalho lhe trará outros.

*

Todos os medicamentos são valiosos na farmácia da vida, mas o trabalho é o remédio que oferece complemento a todos eles.

*

Quem trabalha encontra meios de esclarecer, mas não tem tempo de discutir.

*

O sucesso quase sempre se forma com uma parte de ideal e noventa e nove partes de suor na ação que o realiza.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Respostas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. IDEAL.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Solicitação Fraterna

Ajude com a sua oração a todos os irmãos:

Que jamais encontram tempo ou recursos para serem úteis a alguém;

Que se declaram afrontados pela ingratidão, em toda a parte;

Que trajam os olhos de luto para enxergarem o mal, em todas as situações;

Que contemplam mil castelos nas nuvens, mas que não acendem nem uma vela no chão;

Que somente cooperam na torre de marfim do personalismo, sem he descerem os degraus para colaborar com os outros;

Que se acreditam emissários especiais e credores dos benefícios de exceção;

Que devoram precioso tempo dos ouvintes, falando exclusivamente de si;

Que desistem de continuar aprendendo na luta humana;

Que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas;

Que sustentam a vocação de orquídeas no salão do mundo;

Que se julgam centros compulsórios das atenções gerais;

Que fazem o culto sistemático à enfermidade e ao obstáculo.

São doentes graves que necessitam do Amparo Silencioso.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Conquista Íntima

Todos os estados enfermiços da alma se assemelham, no fundo, aos estados enfermiços do corpo, solicitando remédio adequado que lhes patrocine a cura.

E a impaciência que tantas vezes gera rixas inúteis é um deles, pedindo o específico da calma que a desterre do mundo íntimo.

Como, porém, obter a serenidade, quando somos impulsivos por vocação ou por hábito?

Justo lembrar que assim como nos acomodamos, obedientes, para ouvir o professor trazido a ensinar-nos, é forçoso igualmente assentar a emotividade, na carteira do raciocínio, a fim de educá-la, educando-nos; e, aplicando os princípios de fraternidade e de amor que abraçamos, convidaremos os nossos próprios sentidos à necessária renovação.

Feito isso, perceberemos que todo instante de turvação ou desequilíbrio, é instrumento de teste para avaliação de nosso próprio aproveitamento.

Aprenderemos, por fim, que, diante da crítica, estamos convocados à demonstração de benevolência; diante da censura, é preciso exercer a bondade; à frente do pessimismo, somos induzidos a cultivar a esperança; ante a condenação, somos indicados à bênção; e que, renteando com quaisquer aparências do mal, é imperioso pensar no bem, dispondo-nos a servi-lo.

Entregando-nos com sinceridade a semelhantes exercícios de compreensão e tolerância, estaremos em aula profícua, para a aquisição de valores eternos no terreno do espírito.

É assim que, em matéria de paciência, se a paciência nos foge, urge reconhecer que, perante as circunstâncias mais constrangedoras da vida, estamos, todos nós, no justo momento de conquistá-la.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Rumo Certo. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

APRENDA COM A NATUREZA





Resplandece o Sol no alto,a fim de auxiliar a todos.

As estrelas agrupam-se em ordem.

O céu tem horários para a luz e para a sombra.

O vegetal abandona a cova escura, embora continue ligado ao solo, buscando a claridade, a fim de produzir.

O ramo que sobrevive à tempestade cede à passagem dela, mantendo-se, não obstante, no lugar que lhe é próprio.

A rocha garante a vida no vale, por resignar-se à solidão.

O rio atinge os seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.

A ponte serve ao público sem exceções, por afirmar-se contra o extremismo.

O vaso serve ao oleiro, após suportar o clima do fogo.

A pedra brilha, depois de sofrer as limas do lapidário.

O canal preenche as suas finalidades, por não perder o acesso ao reservatório.

A semeadura rende sempre, de acordo com os propósitos do semeador.


André Luiz
Livro: Agenda Cristã - Francisco Cândido Xavier

domingo, 21 de setembro de 2008




PAI NOSSO EM ARAMAICO





Abwun d’bwashmaya
Nethqadash shmakh
Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach aykanna d’bwashmaya aph b’arha.

Hawvlan lachma d’sunqanan yaomana
Washboqlan khaubayan (wakhtahayan)
aykana daph khnan shbwoqan l’khayyabayn

Wela tahlan l’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta
l’ahlam almin.
Ameyn.
http://www.youtube.com/watch?v=YBMLhwoK9z4

A Grande Invocação ( Alice Bailey )

Do ponto de Luz dentro da mente
de Deus.Que a Luz flua para a
mente de todos.
Que a Luz
desça sobre à Terra.

Do ponto de amor dentro do coração
de Deus,que o Amor flua para o
coração de Todos.Que Cristo
possa retornar à Terra.

Do centro onde é conhecida a Vontade
de Deus,que o propósito guie
nossas pequenas Vontades.

O própósito conhecido e usado
pelo Mestre.
Do centro do que chamamos a raça
humana,Que funcione o plano do
Amor e da Luz
E que ele possa selar a porta
onde habita o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
Restaurem o Plano sobre a Terra.

Oração do Dia - PRECE PELO PERDÃO




Meu Deus... Eis-me hoje aqui de coração dilacerado e alma ferida, buscando o teu consolo para a dor e a mágoa que teimam em obscurecer meu frágil entendimento!...
Estou machucado, Pai, pelas obras daqueles que O desconhecem e por isso mesmo não hesitam em dilacerar, ferir e martirizar, qual se fossem pessoas distituídas de razão, sentimento e coração...
Olho para trás e vejo quão pouco restou-me da esperança que nutri um dia por um futuro pleno e feliz! Nos rastros meus deixados ao longo da vida, apenas dor, traição, abandono... O meu passado, Senhor, são sonhos espezinhados por semi-feras enlouquecidas, cegos à Tua Justiça, que tudo vê e tudo anota, a se desvairarem no encalço do infinito prazer das lágrimas que me fazem verter!
Foram seus, um dia, como qualquer um de nós, mas que, abandonando o dever do perdão, em algum lugar do caminho que lhes dizia respeito, olvidaram igualmente a clemência e a compaixão, embrenhando-se pelos cipoais do ódio e do revide, agravando mil vezes mais a dívida que já lhes pertencia!...
Por isso, e por não me caber julgamento de qualquer ordem, venho humildemente à Tua presença rogar não deixe que eu me contamine com a infeliz peçonha que vertem no prazer de me ferir, e nem que me ocorra o desejo de revidar mal por mal, ensaiando, contrariamente, o perdão amplo e sincero para que se desfaça, assim, toda a incoercível belicosidade que nutrem por mim e que talvez, em algum dia, e em algum lugar, eu mesmo tenha desencadeado...
Que eu consiga ver neles irmãos doentes, credores, por que não? da medicação silenciosa da piedade e da comiseração! Que meus olhos possam fitá-los com a suave porém incontida força da caridade, e que meu coração pulse misericórdia infinita, legando apenas à Ti a tarefa de julgar e corrigir... Não deixes, meu Pai, que eu julgue, condene e odeie, de igual modo, isolando meu entendimento à tua influência que será sempre o meu socorro preciso, no momento da minha necessidade maior!... Tu que és só Amor, saberás melhor que ninguém como reconduzí-los de volta ao teu regaço.
Põe o perdão em meu coração e em meus lábios, e, assim sendo, guarde-me do mal que ainda possam me impingir, na medida de meu merecimento.

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 2002*

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Orgulho e sua Família

Meu amigo,

Não deixes que a ave peçonhenta do orgulho faça ninho em teu coração, para chocar e produzir filhos perniciosos como a vaidade, a prepotência, a intolerância, a indiferença, o desamor, a ingratidão, o ódio, a cólera, a vingança e toda uma família de iniqüidades que te deforma a alma e te impede a visita da felicidade.

Nunca te imagines dominador e proprietário dos sentimentos alheios, porque a ninguém é dado o direito de ver, pensar nem sentir pelos outros. Todos somos iguais perante Deus que nos concedeu o livre-arbítrio para que tenhamos a autonomia de decidir sobre o nosso próprio destino.

No ambiente de provas do lar, nas relações do trabalho, como chefe ou chefiado; ou em meio à perturbação na rua, permite que a sugestão de humildade que verte do Alto sobre todos os homens possa encontrar guarida em tua casa mental. Essa sugestão é a voz de Deus exortando-te ao exercício da paciência e do amor fraterno que produz a paz, unindo os homens como verdadeiros irmãos.

Se amas, não transformes o coração em cárcere dos teus caprichos, escravizando em vez de libertar a pessoa amada. Amar é um ato de humildade, mas nunca de humilhação.

Se te sentes ofendido por quem te deu sempre provas de afeição e testemunho de lealdade, aprende a transformar tuas reações de orgulho em prova de compreensão, tolerância e perdão.

Reconhece-te primeiro como alma imperfeita e suscetível ao erro, para que possas avaliar com isenção as imperfeições alheias. Evita o grito, que é a buzina do orgulho, e adota a musicalidade de um coração que bate desarmado.

Ora e te esforça no bem que a ginástica do bem faz esquecer o mal. Quebra as algemas do orgulho pelo poder transformador da vontade. Imagina-te pequenino para te libertares de falsa idéia de grandeza que conduz ao narcisismo e à irracionalidade. Humilha-te, e a tua ginástica de humildade terminará vencendo a obesidade do teu orgulho, para o teu bem e de todos os que te compartilham os passos na senda da evolução.


Com a paz de Jesus

Deocleciano

Pereira, Wanderley. Ditado pelo Espírito Deocleciano.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

DIFICULDADES NO MOVIMENTO ESPÍRITA


Não te aturdas pelo que vês nas fileiras da Seara Espírita, que almejavas grandiosa e bela: a apatia no campo moral de tantos, dando a impressão de que isso é coisa natural; os destinos que não são freados pelo bom-senso, comprometendo o nome da gloriosa Doutrina; a maledicência que alcança largas praias da vida dos nossos arraiais, como se devessem fazer parte das nossas ocupações cotidianas; os descompassos entre as lições teóricas conhecidas e as atividades práticas diárias cheias de hostilidades.

Não te deixes desalentar pela sensação de que o Espiritismo em nada te auxilia, considerando os golpes contundentes que te ferem cotidianamente, impondo-te lágrimas em que se mesclam dores, mágoas e revoltas.

Não te rebeles ao verificar que muitos que ocupam posições destacadas no Movimento do luarizado Espiritismo, agem como se nada tivessem a ver com a magnitude da mensagem, uma vez que somente anseiam pelas coisas do mundo material, com cinismo e desplante, preocupados tão só em fixar-se nas posições que lhes proporcionam maior visibilidade, bastando-lhes o ensejo exibicionista, em função dos quais afirmou Jesus que “já teriam obtido o seu galardão”, ou seja, o que desejavam.

Não tem atormentes, pois, uma vez que o planeta terreno atravessa momentos de seriíssimas definições e redefinições, de cujo processo ninguém pode escapar, enquanto se persistir na busca do progresso.

A Terra, em razão disso, traz sobre seu dorso e nas esferas do seu campo psíquico, entidades nos mais diferenciados estágios de aprimoramento, de desenvolvimento geral, dentre os quais são muitos os que se aninham na má vontade, esforçando-se por retardar o dia luminoso da grande renovação planetária.

Nesse estado de coisas, não estaria o Movimento Espírita indene a semelhantes presenças ou livres dessas almas que, em si mesmas atordoadas, causam atordoamento onde quer que chegam, quer estejam no corpo físico, reencarnadas, quer ainda se achem aguardando novas oportunidades, na erraticidade.

Do mesmo modo que encontramos almas irresponsáveis que se valem do nome de Jesus, a fim de explorar a boa fé dos ingênuos e dos incautos, dos ignorantes e dos parvos, nas mais distintas confissões de fé ou fora delas, temos em nosso Movimento os que, da mesma maneira, evocam o nome do Senhor, admitindo sempre que não há nenhuma necessidade de que levem a sério o trabalho e os deveres que lhes cabem, já que os Guias do mundo são dotados de grande generosidade, são misericordiosos.

Almas infantilizadas, nas quais ainda é verdoso o senso moral, enxameiam, orgulhosas umas, vaidosas outras, prepotentes tantas, que, mesmo reconhecendo suas incapacidades, fazem questão de assumir posições e cargos de responsabilidade, que sabem que não responderão a contento, pelo fato de tais situações lhes conferir projeção ou destaque social.

Há os que não têm nenhuma noção do campo de atividades em que se acham, mas não recuam, não procuram orientar-se de modo a produzir o melhor para a Doutrina. Permanecem como estão, supondo que os Espíritos do Senhor lhes suprirão a má vontade e o relaxamento.

Desgraçadamente, tais irmãos do mundo estão distribuídos por todos os campos da vida social e se fazem temerários aventureiros nas esferas da política ou da administração das coisas públicas; achamo-los à frente de empresas que deveriam ser produtivas para o progresso da sociedade e que seguem a passos tartaruguescos; temo-los liderando movimentos artísticos e culturais, onde nada funciona a contento, onde coisa alguma de expressivamente bom acontece para suas áreas, do mesmo modo como os deparamos à frente de grupos familiares e de instituições religiosas.

Vemos que cada um anseia por extrair benefícios imediatos da situação em que se aloja, desacreditando, convictamente, da vida imortal para além da matéria densa do mundo. Não te desarmonizes, pois, perante esse quadro sinistro, conflitivo e cheio de contradições da sociedade.

Trata de cumprir o que a ti te cabe, sem que as atitudes alheias te induzam ao desgoverno de ti mesmo, ou ao relaxamento para com teus compromissos perante a existência.

Cumpre-te pautar a vida nos passos dos ensinos do grande Mestre Jesus Cristo; aprende com Ele que a cada um será conferido de conformidade com as próprias atuações nos trilhos da vida.

Aprende, ainda, a não depositar os ensinos rútilos do Espiritismo sob mãos francamente incapazes ou sob mentalidades insanas, pois que, sem contestação, mais cedo ou mais tarde, tudo elas conseguirão desvirtuar, tudo irão degenerar sob os mais tolos ou obscuros argumentos.

Trata, pois, de mergulhar a mente nos ensinamentos felizes do Cordeiro de Deus e ajusta os teus passos na trilha por Ele deixada, e não te importunarás com os companheiros desviados da estrada por livre deliberação, conseguindo, então, não oferecer suas pérolas aos porcos, tampouco desejarás depositar vinho novo em barril velho, procurando, aí, sim, apesar das pelejas ardentes e das lágrimas inevitáveis dos teus testemunhos, seguir fiel e renovado, cheio de possibilidades para entender, orientar e socorrer a quantos o necessitem, na busca do Reino dos Céus, por meio dos roteiros do Espiritismo.

Com o tempo, na medida em que se renovem os humanos, também renovar-se-á o nosso bendito Movimento Espírita que, somente então, conseguirá refletir o brilho intraduzível do estelar Espiritismo.

Assim, não te descompenses. Procura fazer o que te cabe para ser feliz, levando contigo os que estejam sintonizados com o ideal de vida abundante e de paz insuplantável que adotaste para alicerçar a tua existência.

Hugo Reis

(Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 11.02.2008, na Sociedade Espírita Francisco de Assis de Amparo aos Necessitados – SEFAN, em Ponta Grossa – PR.)

AMENO - ERA



Ameno
Era

Composição: Eric Levi

Dori me
Interimo adapare
Dori me
Ameno ameno
Lantire Lantiremo
Dori me

Ameno
Omenare imperavi
Ameno
Dimere dimere
Mantiro Mantiremo
Ameno

Omenare imperavi emulari
Ameno
Omenare imperavi emulari

Ameno

Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me

Dori me am

Ameno
Omenare imperavi
Ameno
Dimere dimere
Mantiro Mantiremo
Ameno

Omenare imperavi emulari
Ameno
Omenare imperavi emulari

Ameno

Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Dori me

Ameno

Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me

Dori me am

Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me

Dori me am

ARTUR DA TÁVOLA-NA TERRA E NO ALÉM

Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.

Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.

Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais.
Admira paisagens, poeira e chuva.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

Gente de coração desarmado,
em ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.

Gente que erra e reconhece, cai e se levanta,
apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim como VOCÊ
e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!

Artur da Távola

AJUDA-ME A SER FELIZ!

Oração do Dia -

Jesus amado, sei que vivo em um mundo de provas e expiações e onde a felicidade não é possível senão por breves momentos... Na dificuldade do dia a dia, percebo o quanto eu me esforço para alcancá-la, lançando mão, para isso, de todos os recursos possíveis, de todas as armas, de todos os ardís, sempre em vão...
A felicidade, Senhor, chega aos pedaços, sem avisar e se vai inteira, sem adeus, sem se importar com o que eu faço para retê-la no coração!...
Nunca consigo alcançá-la, do modo como eu gostaria.
Por isso, peço-lhe, Jesus, me ajude a ser feliz conforme tua orientação e não conforme meus desejos... Mostre-me onde está a felicidade e dê-me forças para conquistá-la; diga-me o que devo fazer para ser feliz nesta vida e de que modo devo proceder para afastar o tédio, a tristeza e o desencanto que não deixam meu coração em paz!...
Apenas sei que não posso prosseguir assim, entre a luz e a sombra, sem sentir prazer maior no que faço, sem encantar-me com quase nada, sem sorrir, sem experimentar emoções maiores, sem ser eu mesmo, em momento algum...
Porque adivinho, Jesus, que posso muito mais do que tenho feito; que sou capaz de amar infinitamente, de sorrir e contagiar, de ter e conquistar, de encantar e me encantar, de ser alguém capaz de amar e ser amado e só por isso, dar e receber felicidade...
Mas preciso de auxílio, de sua mão para o primeiro passo.
Ajuda-me a ser feliz, Senhor!
Abre-me o coração à simplicidade e à caridade; me faz dócil ao teu comando, que é sempre o meu melhor bem, e me ampara o entendimento ainda incipiente... Montre-me onde está a felicidade real e desvia meus olhos do poder das fortunas, da tentação dos corpos, do vício das paixões e das artimanhas do consumismo...
Ampara-me, Jesus amado, para que eu possa experimentar desde já, senão a felicidade almejada, ao menos a paz e o contentamento que percebo inalterável naqueles que te amam e te ouvem, te compreendem e te seguem!...

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 26.10.2002*

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Provas Irreveladas




Do ponto de vista moral, há bastante infortúnio escondido em toda a parte. Nos ambientes mais diversos, nos momentos em que menos se espera, com as pessoas fisionomicamente mais seguras de si, a aflição desponta inesperada e o pranto pode estar surgindo às ocultas.

Desilusão, moléstia, revolta e desalento não afluem, em muitos casos, à face das circunstâncias exteriores.

Familiar decepcionado com o noticiário desairoso que vem a saber com respeito ao parente querido.

Jovem agoniada na frustração de projetos matrimoniais.

Pai fustigado pela doença incurável de um filho.

Mãe ansiosa pela reconciliação impraticável com o pai de sua prole.

Cavalheiro bem posto, mas absolutamente inconformado com a deficiência física de que se sabe portador, sem que os outros percebam.

Viúva atormentada pela falta de garantias no lar.

Cônjuge que não mais confia na companheira de vinte anos.

Homem ferido pela consciência na fase de transição entre um passado recente de erros e um futuro de maiores acertos.

Chefe enfermo de família numerosa, repentinamente desempregado.

Criatura robusta e aparentemente normal, envolvida em tramas de obsessão.

Aprendamos com a Doutrina Espírita que o pretérito se reflete no presente e que a lei de causa e efeito funciona em qualquer paisagem social, com qualquer pessoa, em todos os bastidores profissionais e em todos os dias.

Ponderemos nisso, a fim de não faltarmos com o apoio devido à harmonia que nos cabe manter nos domínios da vida.

Se alguém lhe respondeu asperamente, se um amigo aparece incompreensivo, se aquele companheiro passou de súbito a dedicar-lhe antipatia gratuita, se aquele outro lhe abalroa as edificações espirituais e se muitos não lhe correspondem, de leve, às esperanças, suponha semelhantes irmãos presos mentalmente a problemas irrevelados de angústia e coloque-se na posição deles, com as provas e desvantagens que experimentam, e decerto você se compadecerá de cada um, dispondo-se a auxiliá-los.

Nem sempre a voz corrente fala tudo o que vai nas almas.

Repitamos para nós que a verdadeira caridade se resume na compreensão para além das aparências dos espíritos com os quais se convive, perdoando e ajudando silenciosa e desinteressadamente, de nossa parte, onde estejamos, como se faça necessário e tanto quanto seja possível.


Ditado pelo Espírito André Luiz. Página recebida pelo médium Waldo Vieira, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 19-10-64, em Uberaba, Minas. Fonte: Reformador – fevereiro, 1965.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A Bênção do Trabalho






É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade, e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a Humanidade nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de Mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus.



"Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda da perfeição."





Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.

Mensagem de Ashtar Sheran á Terra

Ashtar sheran
Saudações aos nossos amigos do Planeta Shan (a Terra)!

A nossa presença e nossa intenção tornam-se cada vez mais claras para um número crescente de pessoas sem preconceitos. Milhares de habitantes da Terra esperam com impaciência a nossa aparição visível.

Por terem vocês grandes razões de acreditar que somos capazes de realizar aquilo que vocês chamam de milagres, desejamos que seja compreendido com muita clareza que nós não temos nada em comum com charlatães que teriam de provar a realidade da sua existência, e, cada gesto nosso é concebido segundo um plano bem determinado.
Falo em nome de todos nós, que estamos comprometidos nesta missão bastante ingrata de dar assistência aos habitantes assediados do planeta Shan (a Terra de muitas formas cercadas pelas forças do mal). Será um imenso alívio para nós, sob formas etéricas, formas que nos é possível utilizar, se pudéssemos aterrissar simultaneamente em todas as partes do globo terrestre, pondo fim à absurda discórdia e ao ódio irreconciliáveis que anulam o esforço comum à paz.

As instruções que recebemos e os nossos princípios nos impedem, entretanto de agir assim.

Uma resolução prévia tomada pelos próprios habitantes da Terra deve proceder a nossa entrada maciça em cena (peçam e receberão). Só então os nossos poderes superiores, que ultrapassam os que vocês têm atualmente, poderão ser utilizados. Sim, penso de fato na bomba H e em outros explosivos terrivelmente perigosos. È uma coisa fabricar e fazer explodir tais engenhos infernais, mas onde esta o mortal que tenha resolvido o problema de evitar tais explosões ou de reduzir o seu efeito a nada? Tal pessoa não existe no Planeta Shan. Como ousam então, liberar uma força de tal amplitude sem ter a menor idéia de como controla-la? Só um intelecto infantil pode conceber um procedimento tão insensato! Terão, ao menos observado seriamente os resultados dos fenômenos no vasto domínio da natureza?

Um grande número de mortais suficientemente inteligentes põe continuamente em movimento ondas de pensamentos e de sentimentos destrutivos. Essas vibrações perturbadoras percorrem longas distâncias e causam continuamente agitações no éter.
Vocês pensam que estas discórdias geradas por vocês e por milhões de seus semelhantes não têm nenhum efeito sobre forças inanimadas?

O que vocês chamam de "doenças" não existe, por assim dizer, em nossos planetas, porque nós eliminamos as suas causas.

Uma vez que esses desejos e essas ações nefastas, assim pesadamente carregadas, disseminam nos reinos visíveis as causas das guerras, como esperam os responsáveis poder escapar ao terror e às suas consequências? O que desejo tornar claro é que nós, os Homens do Espaço, seja qual for o modo em que possamos temporariamente servir, temos o compromisso, pelo juramento mais solene, de manter as Leis Universais, únicas responsáveis pela preservação da vida em todos os níveis de consciência. Um desvio dessas Leis fixas e imutáveis equivalem à perda de privilégios que conquistamos com os nossos esforços ininterruptamente, digo ininterruptos. Gostaria, porém, de dar um conselho a vocês: Moldem, o mais possível, a sua vida de acordo com os ensinamentos DAQUELE que desceu até entrar em contato com os mortais, por meio de uma manifestação física.

Na qualidade de amigo e colaborador de vocês, a serviço do Rei dos Reis, que agirá do alto, nós os saudamos e nos esforçamos por libertá-los daqueles que procuram oprimi-los e submetê-los ao regime da dominação destrutiva. Nós estamos vindo como defensores e libertadores!

Para começar uma série de revelações sobre o que acontecerá com a atividade daqueles que estão aprisionados em uma gaiola de carne e dos que serão seus associados no plano terrestre, é preciso que vocês compreendam que os seus amigos cósmicos possuem corpos de transposição, isto é, corpos que podem manifestar em diferentes formas assim como a água pode se manifestar em estado de vapor, de neve ou de gelo, segundo as condições atmosféricas naturais ou artificiais.

È isso que nos permite ajudar os mortais.

Como vocês as vezes esquecem, a guerra se desencadeia violentamente nos planos astrais simultaneamente com a sua expansão no plano terrestre. O fato de que tantos homens foram mortos mas CONTINUARAM A VIVER NO PLANETA ASTRAL com as mesmas metas e desejos, fará com que vocês compreendam a dificuldade da nossa tarefa!

Atualmente milhares de almas procuram seguir a senda da evolução espiritual. Se nós não interviemos, elas serão condenadas a serem arrastadas às sendas descendentes que levam à miséria e a degradação. Não valerá a pena lutar durante alguns meses num conflito desesperado entre as trevas e a Luz, entre o ódio e a coragem sobre-humana para assegurar aos homens atuais a possibilidade de prosseguir na sua evolução espiritual? Afirmo que a vitória não dependerá em absolutamente de uma vantagem material nem de um número superior de armas que levam os sábios a pensar que atingiram um conhecimento profundo e organizarem o poder secreto da Energia Cósmica. Devo dizer que não é assim. Por um ato DIVINO, como os mortais jamais viram até hoje, uma conclusão rápida e irredutível porá fim a isso. Que o planeta de vocês deposite a sua confiança no único poder capaz de libertá-lo do seu destino eminente. (Pois não está no poder de nenhum chefe terrestre por ordem em nossa Terra). O consentimento imposto pelo medo ou pela força nada vale diante da lógica fria e da lealdade profunda em relação às concepções superiores.

Uma longa e árdua campanha foi empreendida contra as forças negras, que partem do invisível atingindo os habitantes terrestres e, sem serem por eles percebidas, os pervetem, fixando-lhes diversos engenhos de uma maldade diabólica, afim de submetê-los à mais abjeta escravidão sob o seu comando único.

Como consequência benéfica dessa campanha ininterrupta no plano astral, dirigida contra as forças negras e as hordas pervertidas dos mortais, tornou-se possível agora transferir essa batalha para o plano físico visível, onde os humanos podem mais eficiente defender-se e onde os resultados são mais tangíveis. Isso não poderá ocorrer sem desconfortos físicos e sem sofrimento, mas a vitória será ganha. Os mortais devem passar pelas suas provas. Que importa o sofrimento de um número de vocês durante esse final de transformação do mundo, já que todos os que permaneceram justos e firmes, em qualquer campo em que se encontram compreenderão depois que prestaram um inestimável serviço ao MESTRE e as suas legiões conquistadoras vindas do Espaço? Elas terão, assim permitido a essas legiões atravessar a impenetrável densidade do envoltório elétrico da Terra para trazer o triunfo e a força às potências amigas do Planeta Shan.

Operar-se-á, então uma rápida mudança na superfície da Terra e nos seus habitantes. A cada hora, as próprias potências do mal desvendarão os seus desígnios e essas revelações levarão os humanos a uma decisão rápida: a de derrubar as falsas leis, substituindo-as por verdadeiras concepções de ação construtivas.

Assim a nossa presença e os nossos desígnios não têm outro fim senão o de vir em auxílio de vocês, pois os seus GUARDIÕES INVISÁVEIS estão muitos preocupados com o estado do Planeta Shan. Nós somos dez milhões de homens do Espaço, fartamente equipados de forças de natureza etérica, a fim de se oporem às intenções das forças destrutivas, tornando inofensivos os seus meios.

Nós sabemos quais as regiões da Terra que estão fadadas à destruição, e, logo que apareça um perigo, enviaremos a esses lugares milhares VENTLAL (discos voadores). Para dar-lhes uma idéia de como vocês estão protegidos, poderia citar inúmeros fatos onde sabotagens premeditadas foram impedidas graças à vigilância dos nossos homens.
Se ainda não se produziu a desintegração atômica em cadeia, não é porque os seus sábios saibam utilizar os átomos, é porque nós temos tido o cuidado especial de purificar a atmosfera por meio de bolas de composto químico depois de cada explosão atômica.

Os nossos meios de comunicação telepática e de observação visual, que englobam cada um e cada lugar da Terra, estão além da compreensão atual de vocês. A promessa tantas vezes repetida, de que aqueles que depositaram a sua confiança em DEUS serão protegidos, é perfeitamente exata.

O nosso aparecimento sob uma forma física ou a materialização de nossas naves aéreas depende das instruções que recebemos de bases que estão acima da atmosfera de vocês. Essas instruções são determinadas, em grande parte, pelos acontecimentos e pelas reações humanas. Outros fatores desempenham também um papel, como a influência planetária magnética, as condições astrais, as vibrações especiais provenientes das forças concentradas no interior do globo ou das regiões onde os humanos despertam diante do perigo e fazem tentativas desesperadas para dele se livrar. Essa últimas considerações são talvez o elemento mais poderoso que leva as nossas forças para eles. Mas eles próprios, os humanos, devem tentar conquistar a sua liberdade antes que possamos vir em seu auxílio.

Nós estamos vindo como libertadores e esperamos instruções para uma missão mais agradável. Poderemos, então, misturar-se com vocês, iniciando-os em tantas delícias e em bom número de privilégios que possuímos. Querem vocês, por sua própria colaboração apressar esse dia feliz? Esperamos que sim.

Vocês querem acreditar firmemente em nossa existência, assim como em nosso desejo impessoal e desinteressado de servi-los? Quanto mais cedo esse dois fatores forem aceitos pelos homens em geral, mais rapidamente e mais facilmente poderemos atingir a nossa meta e menos vida se perderão.

Estão nos apressando para SALVAR TODAS AS ALMAS QUE QUISEREM ADAPTAR-SE às transformações gloriosas exigidas pela nova era.
Alguns de vocês serão retirados do seu planeta a fim de ajudar por algum tempo nos planos invisíveis, como milhares o fazem atualmente.

Honra àqueles que, por intuição divinamente inspirada, podem captar a verdadeira significação de nossa missão.

Qualquer esforço de nossa parte adquirir seja o que for dos valores de seu Planeta Shan seria imperdoavelmente vil, tendo em vista que uma grande parte dos habitantes do seu Planeta está em lamentável situação de penúria e subnutrição. Temos a intenção de ampliar os seus recursos e não de diminuí-los.

O contraste que há entre as condições harmoniosas de nosso próprios planetas e a desordem caótica que existe em toda a parte onde observamos a vida tal como ela é vivida no Planeta Shan é extremamente doloroso de observar.

Devo dizer que a incapacidade de todos, salvo a de um punhado de homens, de poder captar pelo menos uma visão efêmera da Mensagem Espiritual do Mestre, que os teria libertado de toda a servidão material, representa uma cegueira que encheu nossos corações de angústias quanto à possibilidade de observar no espaço, perdemos toda a esperança de ver o Planeta Shan escapar `a sua sorte. No que nos diz respeito, tínhamos resolvidos esquecer a Terra de vocês.

Mas para o seu SALVADOR a coisa era diferente. Àqueles que acreditaram nele, ele fez a promessa sagrada que voltaria a eles. Por isso, este mundo tenebroso, será por ele iluminado, apesar de todos os esforços das forças do mal para impedir este acontecimento. Temos confiança de que essa promessa será cumprida e nós nos submeteremos inteiramente à direção Suprema do Salvador invisível de vocês (Ele não virá em carne para assisti-los).

Quer essa assistência chegue visivelmente por meio de astronave cuja equipagem é constituída de seres poderosos, mostrando a sua autoridade pelo uso de forças desconhecidas dos mortais, quer esse auxílio venha por meios misteriosos e invisíveis, é certo, todavia, que os homens e as mulheres que cumprem as missões para as quais nascem na Terra receberão tudo o que for necessário para garantir o seu sucesso e para desempenhar o papel que lhe é destinado.

Ninguém é capaz de avaliar no seu justo valor a paciência e a maravilhosa indulgência com as quais DEUS suporta a fragilidade dos humanos.

Ninguém é capaz de medir seu desapontamento quando eles recusam aceitar o SEU PERDÃO E A SUA MISERICÃ"RDIA.

Tudo que se passa, sendo de natureza destrutiva, é o resultado da livre escolha do homem de ligar-se à senda da retrogração que leva ao esquecimento. Esses seres retrógrados não podem existir no novo mundo que se cria atualmente.

Nos próximos anos haverão milagres que levarão vocês a uma revisão das suas concepções sobre a natureza e a sua metamorfose. È inevitável uma era de purificação, vocês bem sabem, antes que se possa instaurar um sistema mais perfeito.

Há meios para tornar menos dolorosa uma tal purificação e a eliminação desses resíduos inquietantes, embora em diferentes partes do globo só uma varredura completa faria desaparecer qualquer vestígio das antigas abominações e seis resíduos. Há, no entanto, inúmeros casos em que esforços determinados são levados a efeito por indivíduos, grupos ou movimentos para uma reforma digna da Nova Era, esforços que impedirão medidas tão radicais.

Nós atravessamos os países de ponta a ponta. Encontramos uma multidão de pessoas íntegras, generosas e de espírito aberto. Tomamos nota de cada uma delas. Nós as observamos em casa, nos negócios, no trabalho, nas distrações, na riqueza e na desdita, em tempo feliz e por ocasião de desgraças. Em todas as ocasiões elas ficaram calmas, cheias de recursos, dando coragem e força aos medrosos e aos fracos. Agradecemos a DEUS por elas.

Há homens que nos consideram como destruidores.

Reflitam, pois, por alguns instantes e pensem em tudo o que os torna ansiosos, apavorados, infelizes e preocupados. AÁ ESTÃO AS COISAS QUE NOS QUEREMOS DESTRUIR. Eles provocaram o desequilíbrio; estou falando de coisas físicas.

O tempo, as marés do oceano, o ar que vocês respiram, o alimento que absorvem, a própria terra sobre a qual vocês andam afetaram as relações humanas, os negócios, os governos, o comércio, a sociedade geral, pois o seu magnetismo, esta carregado de nocividade. Todas essas coisas serão renovadas.

No momento, nenhum esforço deve ser feito para se comunicarem conosco, salvo depois de um pedido especial nosso. Nós mesmos escolheremos a ocasião, o lugar e a pessoa, com a qual desejamos manter contato. No entanto, seria uma grande ajuda se vocês quisessem manter em relação a nós, sentimentos amistosos e de confiança, e pensamentos de boas vindas.

As nossa forças encontrariam assim uma atmosfera adaptada ao seu trabalho, pois elas têm necessidades desses "campos de luz" para aterrissar e pousar por alguns instantes, a fim de poderem adaptar-se às condições e às vibrações que encontrarão ao cumprirem sua missão.

Conhecemos cada um de vocês e sabemos a simpatia que vocês testemunham à nossa missão, e queríamos que vocês soubessem a ajuda que isso representa para nós, ter avenidas luminosas que permitirão atingir as regiões mais sombrias onde devemos realizar tanto trabalho.

Estamos profundamente reconhecidos a vocês por sua compreensão e por sua benevolência.

ASTHAR
Comandante da frota dos homens do Espaço, que ocupam atualmente bases estabelecidas ao alcance do planeta Shan (Terra).

Nota: Esta mensagem segundo informações na Web, foi recebida como interferência durante uma transmissão via rádio

domingo, 14 de setembro de 2008

Medo da Morte






Não devemos temer a morte; devemos temer, antes, uma má vida, que é pior que a morte.

A morte não é a da matéria, porque o que se dá nesse caso não é uma morte no sentido de fim; mas uma transformação. A nossa matéria ressurge então sob nova forma, assim como o grão que, aparentemente morto quando enterrado na cova, ressurge para o bem do próprio homem.

A verdadeira morte é a morte moral, essa que mata o conceito e liquida a credibilidade do homem; que traz o remorso que aniquila a consciência; que faz com que o homem se envergonhe de se olhar num espelho.

Teme mais a morte do corpo aquele que já se acha moralmente morto; o que se envergonha do presente e teme o futuro, porque tem contra si o libelo dos próprios atos, da conduta reprovável.

Quer dizer, o que leva o homem a temer a morte, a apavorar-se diante da idéia de morrer, não é simplesmente o instinto de conservação, nem a ignorância em relação à vida. É acima de tudo a consciência culpada.

Os mártires caminhavam para morte sem medo, transbordantes de esperanças, cantando até, tal como ocorreu com os primeiros cristãos levados às feras nos circos e às fogueiras da Inquisição.

Já os grandes tiranos, os grandes culpados sempre fugiram e ainda fogem hoje da morte. A ameaça da morte os atormenta em todos os tempos. Consta que a toda poderosa Elizabeth da Inglaterra, que mandara decapitar a prima Maria Stuart, da Áustria, oferecia no leito de morte todo o seu reino por mais um minuto de vida. Nuremberg até hoje procura os exterminadores de judeus, os responsáveis pelos grandes holocaustos e genocídios, que escreveram com sangue as páginas de horror da história da humanidade. Estes já estão moralmente mortos, punidos pelo tribunal da própria consciência culpada.

A morte é diferente, porém, nas expectativas do homem de consciência limpa. O mártir Sebastião não a temeu. E, mesmo tendo que a enfrentar, mais cedo ou mais tarde, quer na quitação dos débitos, quer nas imposições do testemunho de sua fé e do ideal superior, ele saberá repetir com toda a força da alma o desafio que Paulo lançou para sempre, através do capítulo 8,55 da sua primeira epístola aos Coríntios: “Ò morte, onde está a tua vitória? Onde está o teu agulhão?”


Deocleciano


Pereira, Vanderley. Mensagem ditada pelo espírito Deocleciano.

sábado, 13 de setembro de 2008

A Cura pelo Amor






Interessa-te pelo teu doente. Prova-lhe que o ama, dedicando-lhe atenção, zelo e carinho. Transmite-lhe, pelos gestos e atitudes, tuas lições de serenidade, paciência e confiança em Deus. Dá-lhe o exemplo da fé viva e mostra-lhe que a resignação é anestésico para a dor e que o amor vale por todos os remédios.

Não há males que o amor não cure. Um simples copo d’agua dado com amor é tônus incomparável no refazimento do ânimo. Os medicamentos curam pelos elementos químicos contidos na sua composição. O amor cura a alma por seus compostos divinos constituídos dos sentimentos de solidariedade.

Uma injeção de amor pode salvar muitas vidas pelo seu efeito multiplicador. Numa casa em que todos se amam, a doença não faz morada, porque há um estoque de amor disponível nos corações! O doente amado não se expõe aos tóxicos do desespero. Mas o doente que ama é mais resistente ainda às investidas dos vírus do pessimismo. Ele é o próprio amor agindo na intimidade do enfermo, anulando todo o poderio das infecções do desânimo e predispondo-o à assimilação dos agentes da cura – a vontade, a fé e a esperança!

Se tens um doente à tua volta, irradia sobre ele a energia do amor. O amor é a poderosa tomada que liga o homem a Deus, que opera todas as curas. Não cura todas as doenças porque nem todos os doentes desejam a cura e há os que a desejam, mas nada fazem por merecê-la. Mas é Deus que manipula todas as substâncias geradoras do amor. É do amor divino que se extrai o amor inoculado nos corações dos homens.

Por isso, quando doamos do nosso amor, estamos doando, na verdade, porções do amor divino, doses das energias de Deus, em favor da saúde do próximo. E quando a alma está saudável, o seu estado se reflete sobre o corpo, operando as defesas do organismo. Se a alma adoece, si as potências inabaláveis do amor poderão rearmonizá-la com a saúde que verte de Deus.

Cuida do teu doente com amor. Não lhe dês a entender jamais que lhe assiste por obrigação, mas por amor; pelo amor renúncia que é capaz de curar os males sem cura. Uma palavra de amor é injeção que envivece. “Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa”, ordenou Jesus ao paralítico de Cafarnaum. (Marcus 2,11). É que o amor é um concentrado de virtudes celestes que transformam o homem, curando-o dos males sem conta. É “alimento das almas”, como aprende André Luiz em Nosso Lar. (Cap. 18).

Com as bênçãos de Jesus, Nosso Senhor e Mestre.

Joana

Pereira, Wanderley. Ditado pelo Espírito Joana.

Calma para o Êxito

Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.

Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride...

Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade...

Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada...

Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços...

É necessário ter calma sempre.

A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada.

Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz.

A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.

A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta.

Não antecipa, nem retarda.

Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.

Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer.

Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.


Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Alvorada.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A PISCINA E A CRUZ (autor desconhecido)






Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até
à água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho.

Alguém intrigado com aquele comportamento lhe perguntou qual a
razão daquele hábito. O nadador sorriu e respondeu:

Há alguns anos atrás eu era um professor de natação de um grupo de homens.

Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim.

Certa noite, eu não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco.

Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube.

Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da
frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica
cruz. Em vez de saltar,fiquei ali parado, contemplando minha
imagem.Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu
significado.

Eu não era um cristão, mas, quando criança, aprendi que Jesus
Cristo tinha morrido para nos salvar pelo seu precioso sangue.

Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram à
mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de
Jesus Cristo.

Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos.

Finalmente desci do trampolim fui até à escada para mergulhar na água.

Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina.

Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido.Tremi todo e
senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu ultimo
salto.

Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.

Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina,
confessei meus pecados me entreguei a Ele, consciente de que foi
exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar.

Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais esquecer,
sempre que vou à piscina molho o dedão do pé antes de saltar para a
água.

'Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta
querermos apressar ou retardar as coisas, pois tudo acontecerá no seu
devido Tempo... As oportunidades virão. É só sabermos esperar...'.

Não se culpe, corrija-se






Não deixe que a consciência fique emperrada no circuito fechado do remorso, a rodar repetidamente o filme dos seus erros, valorizando a culpa.

É preciso liberar a mente da zona de sombras para as claridades da razão, a fim de detectar onde e como se deu a queda e, em função disso, movimentar os recursos da corrigenda. Culpar-se apenas não resolve nada. É indispensável sair do ponto em que caímos.

E a primeira atitude é levantar-se, bater a poeira, dar a volta por cima e prosseguir a caminhada, mas agora com os cuidados que negligenciamos antes. O erro, às vezes, não é mais que o tropicão que nos empurra para além do buraco fatal, evitando o pior.

Não é que devamos nos atirar propositadamente ao erro, nem transformá-lo em hábito pernicioso, sob a desculpa de que errar é humano, ou que é preciso errar para acertar. Não, o que é importante é conscientizar-se do erro, de que ele é um mal que retarda o nosso progresso e adia a felicidade. E como tal, é imperioso corrigi-lo, compreendendo que somente nos educando para a vida, superaremos nosso lado animal.

Não devemos achar, porém que porque erramos, o mundo inteiro desabou sobre nossa cabeça e, por isso, vamos ficar repisando a culpa, na posição do doente que, não acreditando na cura, atira-se nos braços da morte por antecipação, pensando: “Já que vou morrer, nada mais devo fazer para salvar-me”.

Somos humanos, almas em aprendizado e não espíritos acabados e infalíveis! Por isso, se você caiu, se errou, se cometeu algum equívoco, utilize a experiência por lição oportuna para não reincidir, não errar mais. Há males que tem função educativa, e a dor é matéria indispensável no seu currículo. A perfeição passa indubitavelmente pelo erro e só se chega à perfeição agradecendo as quedas.

Não se culpe demasiadamente para não fechar as portas aos recursos da corrigenda. Defeitos existem para ser enfrentados e consertados. Confinar-se ao círculo da auto-acusação e condenar-se irremissivelmente sem cogitar de um álibi qualquer para redimir-se do erro, é suicídio. A solução para o culpado é corrigir-se. Atire a primeira pedra aquele que não tiver errado! Este pensamento de Jesus, no episódio da Mulher Adúltera[1], para mostrar aos fariseus acusadores que ninguém está imune ao erro, a um equívoco qualquer neste mundo de almas a caminho da eterna corrigenda.


Pereira, Wanderley. Ditado por um Amigo Espiritual.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Com Jesus





A renúncia será um privilégio para você.

O sofrimento glorificará sua vida.

A prova dilatará seus poderes.

O trabalho constituirá título de confiança em seu caminho.

O sacrifício sublimará seus impulsos.

A enfermidade do corpo será remédio salutar para a sua alma.

A calúnia lhe honrará a tarefa.

A perseguição será motivo para que você abençoe a muitos.

A angústia purificará suas esperanças.

O mal convocará seu espírito à prática do bem.

O ódio desafiar-lhe-á o coração aos testemunhos de amor.

A Terra, com os seus contrastes e renovações incessantes, representará bendita escola de aprimoramento individual, em cujas lições purificadoras deixará você o egoísmo para sempre esmagado.



Xavier, Francisco Candido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz.

Destinação da Terra - Causas das misérias humanas

Enviado: 21/6/2007 14:59

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.
Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.
Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Ferra, quando está curado de suas enfermidades morais.



Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira. 1996.

DESPERTANDO NO UMBRAL

(O encontro com a própria consciência.)



"Eu guardava a impressão de haver perdido a idéia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito. Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos. Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis?"

"Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe."

"E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!"

"Reconhecia, agora, a esfera diferente a erguer-se da poalha do mundo e, todavia, era tarde. Pensamentos angustiosos atritavam-me o cérebro. Mal delineava projetos de solução, incidentes numerosos impeliam-me a considerações estonteantes. Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos."

"Em verdade, não fora um criminoso, no meu próprio conceito. Mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção de tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência."

"- Suicida! Suicida! Criminoso! Infame!" - gritos assim, cercavam-me de todos os lados. Onde os sicários de coração empedernido? Por vezes, enxergava-os de relance, escorregadios na treva espessa e, quando meu desespero atingia o auge, atacava-os, mobilizando extremas energias. Em vão, porém, esmurrava o ar nos paroxismos da cólera. Gargalhadas sarcásticas feriam-me os ouvidos, enquanto os vultos negros desapareciam na sombra."

"Por que a pecha de suicídio, quando fora compelido a abandonar a casa, a família e o doce convívio dos meus? O homem mais forte conhecerá limites à resistência emocional. Firme e resoluto a princípio, comecei por entregar-me a longos períodos de desânimo, e, longe de prosseguir na fortaleza moral, por ignorar o próprio fim, senti que as lágrimas longamente represadas visitavam-me com mais freqüência, extravasando do coração.

"Para quem apelar? Torturava-me a fome, a sede me escaldava. Crescera-me a barba, a roupa começava a romper-se com os esforços da resistência, na região desconhecida. O assédio incessante de forças perversas que me assomavam nos caminhos ermos e obscuros. Irritavam-me, aniquilavam-me a possibilidade de concatenar idéias. Desejava ponderar maduramente a situação, esquadrinhar razões e estabelecer novas diretrizes ao pensamento, mas aquelas vozes, aqueles lamentos misturados de acusações nominais, desnorteavam-me irremediavelmente.
- Que buscas, infeliz! Aonde vais, suicida?"

"A quem recorrer? Por maior que fosse a cultura intelectual trazida do mundo, não poderia alterar, agora, a realidade da vida. Meus conhecimentos, ante o infinito, semelhavam-se a pequenas bolhas de sabão levadas ao vento impetuoso que transforma as paisagens. Eu era alguma coisa que o tufão da verdade carreava para muito longe."

"Persistiam as necessidades fisiológicas, sem modificação. Castigava-me a fome todas as fibras, e, nada obstante, o abatimento progressivo não me fazia cair definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes dágua a que me atirava sequioso".

"Foi quando comecei a recordar que deveria existir um Autor da Vida, fosse onde fosse. Essa idéia confortou-me. Eu, que detestara as religiões no mundo, experimentava agora a necessidade de conforto místico. Médico extremamente arraigado ao negativismo da minha geração, impunha-se-me atitude renovadora. Tornava-se imprescindível confessar a falência do amor-próprio, a que me consagrara orgulhoso."

"E, quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente colado ao lodo da Terra, sem forças para reerguer-me, pedi ao Supremo Autor da Natureza me estendesse mãos paternais, em tão amargurosa emergência.

"Ah! é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança."

Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu, emissário dos Céus. Um velhinho simpático me sorriu paternalmente. Inclinou--se, fixou nos meus os grandes olhos lúcidos, e falou: "Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara." Amargurado pranto banhava-me a alma toda. Emocionado, quis traduzir meu júbilo, comentar a consolação que me chegava, mas, reunindo todas as forças que me restavam, pude apenas inquirir: "Quem sois, generoso emissário de Deus?" O inesperado benfeitor sorriu bondoso e respondeu: "Chama-me Clarêncio, sou apenas teu irmão."

Nos Assuntos do Coração

Dedicas-te a obras de benemerência nos compromissos da fé, com vistas à reforma moral, quando te deparas com alguém solicitando-te atenções mais específicas a pretexto de sanar crises que lhe afetam o coração solitário.

Ao examinares o fundo das tuas intenções, a bússola dos teus deveres e o quadro das necessidades reais de quem te busca o apoio moral, não te surpreendas se fores visitado por inusitada impressão na forma de sensação estranha, como se uma voz íntima quisesse recomendar-te alguns cuidados a própria ação de socorro a que te propões.

Nos assuntos do coração alheio, aprendes antes a examinar as condições de equilíbrio em que bate o teu, porque as viciações que trazemos no bojo das nossas imperfeições podem recrudescer ao contato de sentimentos semelhantes. E ninguém pode se julgar suficientemente seguro para resistir invulnerável às armadilhas das emoções de que se utilizam as forças adversárias do bem para tentar aquele que se decidiu pela transformação moral na escola de renovação do Cristo.

Se penetraste, pois, o portal de luz do Evangelho redentor e te vês conduzido a colaborar na medicação de almas atribuladas, vítimas dos conflitos afetivos, preserva-te nas trincheiras do equilíbrio, ajudando sem afetação e expurgando do teu mundo interno todos os impulsos e sugestões que não se conciliem com a isenção. E isenção é fruto da consciência fortalecida nas ações de quem se decidiu caminhar com Jesus, que libertou almas alucinadas pelo fogo das paixões humanas, sem no entanto contaminar-se.

Esforça-te para imitares o amigo divino, que amou sem paixão e ajudou com isenção aos enfermos morais a se curarem por si mesmos, tal como fez com a pecadora da narrativa (X,11), a quem, sem buscar a intimidade dos seus problemas, aconselha paternal: “Vais e não voltes mais a pecar.” Ajudou-a, socorreu-a, sem compartilhar os seus segredos, sem sondar-lhe as causas nem extensão dos seus conflitos íntimos.

Eis uma lição imprescindível aos conselheiros dos corações outros.



Com a bênção de Jesus, nosso Senhor.



Joana


Pereira, Wanderley. Ditado pelo Espírito Joana.

Escândalos




Raimundo de Moura Rêgo Filho



Vamos conversar, hoje, baseados no capítulo VIII da obra O Evangelho segundo o Espiritismo, notadamente nos itens de XI a XXI.

Na verdade, fico muito honrado em trazer à vocês esses itens, exatamente porque dentre o capítulo VIII, “OS QUE TÊM PURO O CORAÇÃO”, são estes os que relaciono como de grande importância nos dias de hoje.

Sim, amigos, estamos vivenciando momentos de violências em todos os setores e em toda parte do globo. Tudo isso tem uma razão de ser, e nós, juntos, vamos entendê-la.

O item XI nos trás a citação: “se alguém escandaliza a um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós quem um asno faz girar e que o lançassem ao fundo do mar. Ai do mundo por causa do escândalo; pois é necessário que venham os escândalos, mas ai do homem por quem o escândalo venha.

Tende muito cuidado em não desprezar um destes pequenos. Declaro-vos que seus anjos, no céu, vêem incessantemente a face de meu Pai que está nos céus, porquanto o filho do Homem veio salvar o que estava perdido.”

As palavras do Rabi, encontradas em Mateus XVII vv. 6 a 11indicam várias coisas e asseveram das dores que por certo advirão àqueles que agirem no erro ou no mal.

Comentário: hoje, meus amigos, assaltos, tiroteios, administração falha e inexistente do Estado para com o povo, nos dão mostras de alguns desses escândalos. Se a violência é anotada pelos tele-jornais apenas mostrando os traficantes e os ladrões, de outro lado estão as famílias que se ressentem e vivem em medo e dor. É o pai desempregado, ou o assalariado que não ganha para honrar suas dívidas ou sustentar a prole, o filho que não tem um estudo de nível, na rede pública, ou professores interessados pacientes. A mãe teve que deixar o lar e a educação dos filhos para ajudar ao pai na tarefa do sustento familiar. Toda uma sorte de aflições ronda a atmosfera do Lar. Por que? Porque o momento que vivenciamos é de modificações, e a todas essas, compreende este tipo de acometimentos. Nosso mundo de provas e expiações está para ser guindado ao nível de mundo de regeneração, para tal, esses escândalos anotados acima acordam a espiritualidade encarnada para as modificações que ela terão que evidenciar, em suas próprias vidas. Falamos de moral, sim do altear dessa moral, o galardão que dá ao espírito a chave de entrada num mundo melhorado.

Temos todos nós, um conjunto de mazelas hauridos das múltiplas vivencias pelas quais já passamos, a serem expurgadas. Muitas dessas ainda nos são gratas e gostosas, e delas esforçamo-nos por não nos desligarmos. A Lei de Causa e Efeito, vigendo inexoravelmente, há de cobrar dos espíritos a modificação e em não a encontrando efetivada, por certo indicará novo reencarnar em dores mais profundas. Assim, urge que nos entreguemos à esse salutar trabalho de regeneração que nos colocará aptos a adentrarmos ao novo mundo, como alunos que obtiveram aprovação no período que se encerra no aprendizado espiritual.

Vejam os versículos de 29 a 30 no capítulo V, onde Mateus, novo chamamento à ordem nos remete em palavras fortes: “Se a vossa mão ou o vosso pé vos é objeto de escândalo, cortai-os e lançai-os longe de vós; Melhor será para vós estareis na vida tendo um só pé ou uma só mão, do que terdes dois e serdes levados ao fogo eterno. Se o vosso olho vos é objeto de escândalo arrancai-o e lançai-o longe de vós; melhor para vós será, que estareis na vida tendo um olho só , do que terdes os dois e serdes precipitados no fogo do inferno.”

Comentário: aqui, o apóstolo descreve com singular clareza sobre os vícios (nossas mazelas), que contraímos, pelo uso dos sentidos que detemos.

Olfato, audição, gutação, visão e fala, bênçãos de Deus, que se mal usadas, nos remetem a toda uma sorte de desregros que nos forçam à um caminhar mais lento e nos afastam do bom caminho. Cada um destes sentidos, se anexados a uma construção malévola ou viciada, ditada por nossa casa mental, arrasta-nos a momentos fortificados de dor, pranto, medo e culpa. E somos nós, somente nós, os que os procuramos, não há arrastamento irresistível, dizem-nos os bons espíritos, mas nós, espíritos imperfeitos, ainda descremos ou mesmo nos fazemos refratários à esses bons ensinamentos, mas quando a dor nos bate a porta, sofremos e choramos, a desdita de nosso “Azar”, do pouco olhar do Pai por sobre nossas cabeças... Quanta imprevidência!

Concluí-se então, que a palavra escândalo, em verdade bem traduzida é pelos tropeços a que nós mesmos estamos propensos a dar em virtude de nossa negligência para como o Orar e Vigiar. Somos nós, amigos, os eternos fomentadores de nossa alegria ou da nossa dor. Não Deus, nem Jesus, e nem mesmo os maus espíritos.

A suprema bondade e Justiça de Mais Alto nos deu a capacidade de raciocínio, a inteligência, a consciência de Deus, esculpida em nossa psique profunda e o Livre Arbítrio. Estes atributos fazem de nós espíritos completos, diferenciando-nos dos animais ditos irracionais. Eis ai que o Pai, ao exarar a Legislação Eterna, houve de colocar a Lei de Causa e Efeito, como elemento normatizador de nossas ações, não estamos obrigados a nada em virtude de nosso Livre arbítrio, mas se andamos ao arrepio da Lei, por certeza teremos de aditar à nossas vivências momentos de reparação, mais das vezes em dor profunda. Este o nosso caminho nos mundos de provas e Expiações: Errarmos o menos possível, avançarmos o mais que possamos pelo trabalho no Bem, esta a nossa Missão.

Outro ponto de muito valor, de importância capital, está em o tratamento, educação, valor tempo que damos aos nossos miúdos, sim aos nossos filhos... Quando Jesus disse: “Deixai virem a mim as criancinhas”, por certo não falou senão para todas as crianças, todo o contingente de espíritos encarnados na terra, não excetuou nenhuma idade, da mais tenra a mais adulta. Falou também, dirigindo-se às crianças do intelecto, todas essas almas que gravitam nessa região onde a dor e o sofrer imperam. Se pouco Ele podia ensinar às crianças físicas presas tão somente à matéria, submetidas ao império dos sentidos e ainda desprovidas da razão madura. Deixou que o exemplo que dignifica a familiaridade que todos mantemos com ele e o Pai, exortou-nos ao trabalho incessante e abnegado no Bem, na ajuda ao próximo no amor em seu mais alto grau.

Lembro aqui o segundo mandamento, este do qual falamos apenas a primeira parte: “Amarás a teu próximo como se fosse a ti mesmo...”, em realidade faltamos com a parte mais importante e asseverada na mesma narrativa do Bom Mestre: “(...)Estão nesse mandamento, todas as doutrinas e todos os profetas.”

Ao explicar-nos tão sabiamente, Yoshua Bem Yussef ( verdadeiro nome de Jesus), deu-nos a exata proporção da dor conferida a quem por negligência, omissão, ou descuido, para não dizer maldade, descura de tal mandamento.

Mas voltamos às nossas crianças: São elas o objeto de nossas responsabilidades paternas, espíritos que por laços contraídos para conosco, no amor ou na reparação, chegam-nos aos portais familiares para o processo de refazimento, se descuramos para com eles, descuramos para com nossa própria ascensão espiritual.

Amigos, todo o capítulo VIII do Evangelho Segundo o Espiritismo, nos fala de Fé, de trabalho, de resignação, tolerância e paciência, tais virtudes, fazem o matiz de nossa evolução, assim, espíritos em adiantamento nesse orbe, estamos todos nós atrelados à mesma escola e classe, cada um a seu modo e vontade, há de conseguir gerir sua vivência de modo a poder se fazer apto ao ingresso em mundo de regeneração.

Quando estudamos a mensagem contida nos itens de 20 a 21, assinada pelo Cura D`Ars, Vianney, verificamos o quanto esquecidos estamos desses ensinamentos tão importantes para o nosso burilamento espiritual e conseqüente melhoria. A mensagem nos exorta ao perdão e à resignação, avisando-nos benevolamente.

Sim, posto que se o mal que nos aflige faz com que sejamos motivos de escândalos, compete-nos tal modificação, demonstrando que somos nós que nos salvamos a nos mesmos. Mais ainda, que somos nós, aquele a quem não conseguimos enganar, que nos vai julgar. Notem que o mal reside em nossa casa mental, então se são os nossos olhos os motivos do escândalo de que nos serviria arrancá-los se não nos propuséssemos, conscientemente a envidarmos todo o esforço para que nos modificássemos?

Essa explicação demonstra a alegoria da mensagem de Mateus, posto que naquele tempo, O homem detinha pouco conhecimento não tendo assim a compreensão que hoje temos.

Como disse no início de nosso papo, os tempos são os da retificação da Moral, os rebuliços, a onda de violência, os demais escândalos, são os chamamentos à reconstrução moral da Humanidade, trabalho sem o qual, pouco o nada andaríamos, relegando nossa elevação à tempos no depois dos tempos.

Amigos, se de nosso íntimo não houver a propositura grave e séria em nossa modificação, ao efetivarmos o arrancar dos olhos, apenas ficaríamos cegos, nada de melhor acontecendo para com o nosso de ascensão espiritual, o arrancar o olho ou o pé sugerido, é verificado no expurgar de nossos maus instintos, chagar morais tais como a vaidade, o orgulho, a prepotência, a cupidez, irmãos diletos, filhos da Dor e do Egoísmo.

A Fé inabalável, aquela obtida pelo raciocínio lógico, nos é o elmo, a couraça, o escudo que nos há de defender das estocadas do mal. Mas nos é necessário também a ação no bem, o exercício da Humildade e do amor ao próximo, salvos-condutos à regeneração do espírito.

Terminando, gostaria de como um alerta, deixar vívida nas mentes de vocês a exortação basilar do Mestre:

“Sejais Frios ou Quentes, pois os mornos, Eu os vomitarei de minha boca.”

O porque dessa exortação nos remete ao raciocínio de que devamos estar a trabalho, sempre, e incessantemente, na reconstrução de nosso espírito.

O Estar morno de que nos fala Jesus, é a INAÇÃO, a falta de VONTADE, o descaso de muitos de nós, que relegam sua evolução espiritual aos andrajos dos esmoleres morais.

Para depois, sofrermos em dor e remorso.
Muita paz,

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

REAJUSTANDO OS SENTIMENTOS

Ensaios para a libertação

"Sentindo-me só, ponderei os acontecimentos que me sobrevieram, desde o primeiro encontro com o Ministro Clarêncio. Onde estaria a paragem de sonho? Na Terra, ou naquela colônia espiritual? Que teria sucedido a Zélia e aos filhinhos? Por que razão me prestavam ali tão grande esclarecimentos sobre as mais variadas questões da vida, omitindo, contudo, qualquer notícia pertinente ao meu antigo lar? Minha própria mãe me aconselhara o silêncio, abstendo-se de qualquer informação direta."



"Tudo indicava a necessidade de esquecer os problemas carnais, no sentido de renovar-me intrinsecamente, e, no entanto, penetrando os recessos do ser, encontrava a saudade viva dos meus. Desejava ardentemente rever a esposa muito amada, receber de novo o beijo dos filhinhos... Por que decisões do destino estávamos agora separados, como se eu fosse um náufrago em praia desconhecida? Simultaneamente, idéias generosas confortavam-me o íntimo."



"Em verdade, muito amara a companheira de lutas e, sem dúvida, dispensara aos filhinhos ternuras incessantes; mas, examinando desapaixonadamente minha situação de esposo e pai, reconhecia que nada criara de sólido e útil no espírito dos meus familiares. Tarde verificava esse descuido. Quem atravessa um campo sem organizar sementeira necessária ao pão e sem proteger a fonte que sacia a sede, não pode voltar com a intenção de abastecer-se. Tais pensamentos instalavam-se-me no cérebro com veemência irritante."



"O que me diz das quedas? Verificam-se apenas na Terra? Somente os encarnados são suscetíveis de precipitação no despenhadeiro das Trevas?" Lísias pensou um minuto e respondeu: "Sua observação é oportuna. Em qualquer lugar, o espírito pode precipitar-se nas furnas do mal, salientando-se, porém, que nas esferas superiores as defesas são mais fortes, imprimindo-se, conseqüentemente, mais intensidade de culpa na falta cometida." Entretanto" - objetei -, "a queda sempre me pareceu impossível nas regiões estranhas ao corpo terreno. O ambiente divino, o conhecimento da verdade, o auxílio superior figuravam-se-me antídotos infalíveis ao veneno da vaidade e da tentação." O companheiro sorriu e esclareceu: "O problema da tentação é mais complexo. As paisagens do planeta terrestre estão cheias de ambiente divino, conhecimento da verdade e auxílio superior. Não são poucos os que compartem, ali, de batalhas destruidoras entre as árvores acolhedoras e os campos primaveris; muitos cometem homicídios ao luar, insensíveis à profunda sugestão das estrelas; outros exploram os mais fracos, ouvindo elevadas revelações da verdade superior. Não faltam, na Terra, paisagens e expressões essencialmente divinas."



"Qual acontece a nós outros, que trazemos em nosso íntimo o superior e o inferior, também o planeta traz em si expressões altas e baixas, com que corrige o culpado e dá passagem ao triunfador para a vida eterna. Você sabe, como médico humano, que há elementos no cérebro do homem que lhe presidem o senso diretivo. Hoje, porém, reconhece que esses elementos não são propriamente físicos e sim espirituais, na essência. Quem estime viver exclusivamente nas sombras, embotará o sentido divino da direção. Não será demais, portanto, que se precipite nas Trevas, porque o abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos."



"Lísias, a meu lado, logo que deixamos o aeróbus numa das praças do Ministério da Elevação, disse carinhoso: "Finalmente, vai você conhecer minha noiva, a quem tenho falado muitas vezes a seu respeito." "É curioso - observei, intrigado - encontrarmos noivados, também por aqui..." "Como não? Vive o amor sublime no corpo mortal, ou na alma eterna? Lá, no círculo terrestre, meu caro, o amor é uma espécie de ouro abafado nas pedras brutas. Tanto o misturam os homens com as necessidades, os desejos e estados inferiores, que raramente se diferenciará a ganga do precioso metal."



"O noivado é muito mais belo na espiritualidade. Não existem véus de ilusão a obscurecer-nos o olhar. Somos o que somos. Lascínia e eu já fracassamos muitas vezes nas experiências materiais. Devo confessar que quase todos os desastres do pretérito tiveram origem na minha imprevidência e absoluta falta de autodomínio. A liberdade que as leis sociais do planeta conferem ao sexo masculino, ainda não foi devidamente compreendida por nós outros. Raramente algum de nós a utiliza no mundo em serviço de espiritualização. Amiúde, convertemo-la em resvaladouro para a animalidade. As mulheres, ao contrário, têm tido, até agora, a seu favor, as disciplinas mais rigorosas. Na existência passageira, sofrem-nos a tirania e suportam o peso das nossas imposições; aqui, porém, verificamos o reajustamento dos valores. Só é verdadeiramente livre quem aprende a obedecer."

"Antes que pudesse manifestar minha profunda admiração, Lisias recomendou bem-humorado: "Lascínia sempre se faz acompanhar de duas irmãs, às quais, espero faça você as honras de cavalheiro. "Mas, Lísias..." - respondi, reticencioso, considerando minha antiga posição conjugal - "você deve compreender que estou ligado a Zélia." O enfermeiro amigo, nesse instante, riu a valer, acrescentando: "Era o que faltava! Ninguém quer ferir seus sentimentos de fidelidade. Não creio, no entanto, que a união esponsalícia deva trazer o esquecimento da vida social. Não sabe mais ser o irmão de alguém, André?"



"Em palestras numerosas, recolhia referências a Jesus e ao Evangelho, e, no entanto, o que mais me impressionava era a nota de alegria reinante em todas as conversações. Ninguém recordava o Mestre com as vibrações negativas da tristeza inútil, ou do injustificável desalento, Jesus era lembrado por todos como supremo orientador das organizações terrenas, visíveis e invisíveis, cheio de compreensão e bondade, mas também consciente da energia e da vigilância necessárias à preservação da ordem e da justiça. Aquela sociedade otimista encantava-me. Diante dos olhos, tinha concretizadas as esperanças de grande número dos pensadores verdadeiramente nobres, na Terra..."



"Não concordo. Voltar a senhora à carne? Por quê? Internar-se, de novo, no caminho escuro, sem necessidade imediata?" Mostrando nobre expressão de serenidade, minha mãe ponderou: "Não consideras a angustiosa condição de teu pai, meu filho? Há muitos anos trabalho para reerguê-lo e meus esforços têm sido improfícuos."



"E essas mulheres?" - indaguei. "Que será feito dessas infelizes?" Minha mãe sorriu e respondeu: "Serão minhas filhas daqui a alguns anos. É preciso não esqueceres que irei ao mundo em auxílio de teu pai. Teu pai é hoje um céptico e essas pobres irmãs suportam pesados fardos na lama da ignorância e da ilusão. Em futuro não distante, colocarei todos eles em meu regaço materno, realizando minha nova experiência. E mais tarde... quem sabe? talvez regresse a "Nosso Lar", cercada de outros afetos sacrossantos, para uma grande festividade de alegria, amor e união..."